Dimas Covas, o diretor do Instituto Butantan, fez comentários, nesta quarta-feira (19), a respeito das possíveis regras de vacinação contra a Covid-19. Durante evento na Brasilândia, Zona Norte de São Paulo. Segundo ele, quem já foi contaminado pela infecção causada pelo novo coronavírus pode não fazer parte da campanha de imunização – quando houver uma fórmula comprovadamente eficaz. “Até pode vacinar [quem já teve covid-19], não necessariamente necessita. Num primeiro momento [de vacinação], aqueles que não tiveram a infecção e, num segundo momento, aqueles que tiveram. Vamos acompanhar. Obviamente o indivíduo que já teve a infecção tem uma proteção natural, existe uma certa dúvida de isso é protetor, por quanto tempo, mas já existe essa proteção.”
Mais tarde, durante a coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, o secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinthcheyn, reforçou a ideia: “A questão de quem toma e não toma a vacina, lembramos que as pessoas que tiveram Covid-19 desenvolveram o que chamamos de imundiade. Portanto, não seriam elegíveis para receber. Porque não têm essa necessidade [de receber a vacina].”
O governo de São Paulo, aliado ao Instituto Butantan, fechou parceria com a Sinovac, gigante chinesa de biotecnologia, para testar o composto Coronavac, que está na fase 3 do estudo. Nesta etapa, o composto deverá ter comprovada – ou não – a eficácia para produção de anticorpos contra a Covid-19. A expectativa da gestão de SP é de que, se aprovada, ela seja produzida em massa para a vacinação começar ainda em 2020.