Senado Aprova Regulamentação da Reforma Tributária: Proposta Segue para a Câmara

O Senado aprovou, nesta quinta-feira (12), por 49 votos a 19, o projeto que regulamenta a reforma tributária sobre o consumo. O texto, alterado com emendas que incluem serviços funerários e a exclusão de alguns itens da taxação pelo Imposto Seletivo (IS), segue agora para a análise da Câmara dos Deputados.

Principais Mudanças no Texto

Serviços Funerários e Saneamento Básico

  • Serviços funerários foram incluídos no regime diferenciado, com desconto de 60% nos novos impostos.
  • A taxação de serviços de saneamento básico foi reduzida em 60%, equiparando-os ao setor de saúde.

Imposto Seletivo (IS)

  • Armas e munições, inicialmente incluídas na taxação, foram excluídas após forte pressão da bancada da bala.
  • Bebidas açucaradas, como refrigerantes, também foram retiradas da lista de produtos taxados.
  • Plásticos descartáveis foram excluídos após revisão.

Medicamentos e Produtos Essenciais

  • Medicamentos voltados para diabetes e doenças raras serão isentos.
  • A isenção na cesta básica foi mantida para carnes e pão francês, mas óleo de soja passou a ter 60% de desconto nos tributos.

Setor Imobiliário e SAFs

  • Redução de 50% nos tributos para alienação de imóveis e 70% para locação.
  • Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs) terão alíquota reduzida para 5% nos primeiros cinco anos.

Zona Franca de Manaus

  • Indústrias de refino de petróleo na Amazônia Ocidental terão benefícios fiscais específicos.

Benefícios para Nanoempreendedores e Setor Cultural

  • Isenção para nanoempreendedores com receita abaixo de R$ 40,5 mil.
  • Obras de arte e galerias nacionais entram no regime de redução tributária.

Próximos Passos

O texto aprovado no Senado será analisado pela Câmara, onde novas discussões podem levar a ajustes. O projeto regulamenta a aplicação dos novos tributos criados pela reforma tributária: IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e IS (Imposto Seletivo), substituindo gradualmente os atuais PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS.

A reforma é uma das prioridades do governo para 2024, com expectativa de entrar em vigor em 2026, após testes com uma alíquota simulada no próximo ano.

By Ewerton Souza

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