Carla Ingridy de Oliveira, de 29 anos, foi morta pelo ex dentro da casa dela, em São Vicente (SP), com um tiro na cabeça. Vinicius Araújo, que não aceitava o término, tirou a própria vida na sequência.
Uma amiga de Carla Ingridy de Oliveira, de 29 anos, morta pelo ex com um tiro na cabeça, afirmou que a vítima se mudaria para outro bairro de São Vicente, no litoral de São Paulo, no dia do crime. Ao g1, Graziele Camargo contou, nesta quarta-feira (20), que o objetivo da mulher era se afastar de Vinicius Araújo Amâncio de Lemos que, após matá-la, tirou a própria vida.
Graziele, de 37 anos, disse ter ido à casa de Carla um dia antes para ajudá-la com a mudança. O crime aconteceu por volta das 8h40 de sábado (15), no bairro Jóquei Clube. Segundo apurado pela reportagem, um vizinho escutou uma discussão do casal e, na sequência, ouviu os disparos.
De acordo com a amiga, as brigas começaram há aproximadamente um ano, quando a vítima decidiu se separar e o homem não aceitou o fim do relacionamento.
“Eles viviam em guerra porque ela era bonita e ele não aceitava [a felicidade dela]. Ela estava mudando a vida dela, crescendo, conseguiu um emprego bom, casa, academia. Ela estava conquistando as coisas dela e ele não aceitava que ela estava conseguindo isso tudo sozinha”, disse.
Há oito meses, Graziele disse que Vinicius teria ameaçado Carla com uma faca. Mas, a vítima não queria pedir uma medida protetiva pois acreditava que “ele nunca iria querer o mal dela”. Por este motivo, a mulher decidiu se mudar para tentar evitar as discussões com o ex.
Expulsa de casa pela mãe
Ao g1, Graziele contou que Carla foi expulsa de casa pela mãe quando descobriu que estava grávida da primeira filha e, segundo ela, foi obrigada a casar com Vinicius por não ter onde morar.
Juntos, tiveram duas filhas, uma de seis e outra de quatro anos, que ficarão com a avó paterna. Ele também tinha mais uma filha de outro relacionamento. “Ele não era maloqueiro, era trabalhador e cuidava das filhas muito bem”.
Última mensagem da amiga
No dia do crime, Carla mandou uma mensagem para Graziele dizendo que compraria sacos para empacotar as roupas durante o dia e fazer a mudança à noite. Pouco mais de uma hora depois, a amiga recebeu a notícia do assassinato.
“Eu não consegui evitar isso. Eu tentava evitar brigas entre eles, porque ele ficava nervoso e ia lá brigar com ela, xingava ela de vagabunda e todos esses nomes feios”.
Graziele finalizou que Carla era mais que uma amiga. “Nós falávamos que éramos irmãs de alma […]. Acho que ninguém tem o que falar da Carla como amiga, porque, mesmo com todos os problemas dela, era uma pessoa sorridente, não tinha temporal que a impedisse de ajudar alguém”, finalizou.