Sem os pesados colares de ouro que costumava ostentar, o empresário Patrick Abrahão surgiu numa foto ainda inédita na prisão, 42 dias após ser detido. Nenhuma imagem do marido da cantora Perlla tinha sido vista desde que ele foi preso no dia 19 de outubro e levado para o presídio Joaquim Ferreira de Souza, no Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio.
No dia 26 de novembro, inspetores de Polícia Penal da Secretaria de Estado de Administração Penal (Seap) encontraram com Patrick Abrahão um celular e um carregador, durante uma revista no presídio.
Alguns dias antes, o detento chegou a divulgar uma carta aberta que escreveu na prisão, declarando ser inocente.
“Em meio a dias difíceis, queremos agradecer o carinho e a oração de todos, principalmente a nossa família. (…) Me sinto muito machucado por tantas inverdades. Fatos que nem constam no processo a meu respeito e nem denuncia existe ainda. Como se eu tivesse esmeraldas em casa, movimentado bilhões, me colocando como dono de uma empresa que eu era investidor. Declaro que estamos 100% a disposição da justiça para esclarecer tudo.”, dizia ele num trecho da carta.
Patrick Abrahão, de 24 anos, foi preso na Operação La Casa de Papel, da Polícia Federal (PF), da Receita Federal e da Agência Nacional de Mineração, suspeito de participar de um esquema de pirâmide financeira transnacional.
A operação apreendeu cerca de R$ 5 milhões em carros de luxo, R$ 1,3 milhão em criptoativos e R$ 75 mil em espécie. Segundo as investigações, a rede de Patrick lesou pelo menos 1,3 milhão de pessoas em 80 países e lhes impôs um prejuízo de R$ 4,1 bilhões.
Patrick é investigado por crimes contra o sistema financeiro nacional, evasão de divisas, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, usurpação de bens públicos, crime ambiental e estelionato.