Eduardo Pinheiro Faria se mudou para São Paulo depois de matar um homem no Rio de Janeiro. Na capital paulista, ele mudou de nome e constituiu família. Ele foi descoberto pela Polícia Federal.
Eduardo Pinheiro Faria foi preso pela Polícia Federal (PF) por se apropriar da identidade de uma pessoa morta há mais de 20 anos. Ele foi descoberto durante uma investigação de sonegação fiscal em um posto de combustíveis em Praia Grande, no litoral de SP. O criminoso considerado um bombeiro desertor, por ter abandonado a corporação, tem passagem por roubo e homicídio.
O nome usado era de Ozeias, que já foi dono do estabelecimento, hoje administrado por outros empresários — que não são investigados por sonegação. Ao pesquisarem sobre o verdadeiro Ozeias, os policiais descobriram que ele morreu em um acidente de trânsito em Nova Friburgo, no Rio de Janeiro. No entanto, um passaporte com a mesma identidade foi feito em 2022.
Ao analisarem as digitais no banco de dados da Polícia constataram que o falso Ozeias tinha passagem por roubo e um homicídio cometido em 1999. Ao repórter Diego Bertorzzi, da TV Tribuna, afiliada da Globo, a delegada Fabiana Salgado Lopes contou que Eduardo matou a vítima, por coincidência, em Nova Friburgo (RJ).
Ele teria sido contratado por um homem que encomendou a morte do próprio irmão por discordâncias sobre uma herança. A vítima de Eduardo foi encontrada com as mãos amarradas para trás e foi assassinada com vários tiros na cabeça.
“[Ele cometeu] um homicídio brutal triplamente qualificado em que ele já havia sido condenado. Então, havia esse mandado de prisão em aberto. Foi montada toda essa operação para localizá-lo e prendê-lo”, afirmou a delegada.
Antes de cometer o assassinato e se mudar para São Paulo, Eduardo trabalhou como bombeiro no Rio de Janeiro. Ele é considerado desertor pela corporação por ter abandonado o serviço.
Constituiu família como Ozeias
Depois de ter executado um homem no Rio de Janeiro, Eduardo se mudou para São Paulo, onde fez a vida e constituiu família. A esposa, inclusive, não sabia sobre o passado criminoso do homem que, para ela, era o marido Ozeias.
“A esposa não sabia de nada. Ela não tinha conhecimento do passado dele”, disse a delegada.
Mesmo com a prisão de Eduardo, a delegada disse que as investigações continuam para apurar a responsabilidade dele no crime de sonegação fiscal.