Eleições nos EUA: Melania Trump lembra vítimas do coronavírus em convenção republicana

Melania Trump e Donald Trump

WASHINGTON, 26 AGO (ANSA) – No segundo dia da convenção republicana, na noite desta terça-feira (26), a primeira-dama dos Estados Unidos, Melania Trump, trouxe um tom bem diferente daquele visto na abertura do evento. O ponto principal de sua fala, feita a partir de um dos jardins da Casa Branca, foi a lembrança das vítimas do novo coronavírus (Sars-CoV-2).

“Quero reconhecer o fato de que, desde março, nossas vidas mudaram drasticamente. O inimigo invisível [Covid-19] varreu nosso lindo país e impactou todos nós. Donald não terá paz até que tenha feito todo o possível para ajudar a todos os atingidos. Minhas mais profundas condolências para todos os que perderam um ente querido e minhas orações para quem está sofrendo. Saibam que não estão sozinhos”, afirmou Melania.

Mesmo que a pandemia tenha obrigado que a convenção fosse feita em Charlotte com o menor número de pessoas possíveis, para evitar a disseminação da doença, o assunto foi deixado de lado no primeiro dia da convenção. Apenas o filho do presidente, Donald Trump Jr, falou um pouco mais profundamente sobre o tema, defendendo as ações do governo.

O próprio presidente falou sobre a pandemia durante sua intervenção surpresa na convenção, mas usou o tempo para atacar os democratas e Joe Biden, dizendo que eles queriam manter o fechamento da economia para prejudicá-lo na reeleição.

Aliás, Melania usou parte do seu tempo para dizer que não iria “atacar os outros” porque isso “só divide o país, como vemos vendo”. Por isso, ela ressaltou que seu discurso seria focado nas qualidades do marido, que “é uma pessoa autêntica, que quer que suas famílias estejam segura”, sendo um “voto de bom senso”.

“Meu marido tem as energias e o entusiasmo para guiar essa nação. Meu marido luta por vocês, apesar do que diz a mídia. Meu marido não é um político tradicional, ele pede por ações. Ele tem no coração o futuro dos Estados Unidos”, disse ainda a primeira-dama.

Melania também falou sobre os protestos antirracistas, que vem ocorrendo no país desde maio após a morte de George Floyd, e pediu “o fim da violência e dos vandalismos feitos em nome da justiça”. “Precisamos refletir sobre os erros do nosso passado”, acrescentou.

Ao fim do discurso, Donald aplaudiu a esposa e deu um beijo nela.

Cinco filhos do presidente também participaram do segundo dia da convenção e destacaram as ações do pai nos últimos quatro anos.

Polêmica com Mike Pompeo

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, também foi uma das presenças no discurso de ontem. Falando diretamente de Israel, onde fez uma recente missão diplomática, Pompeo destacou que o país “está mais seguro” com Trump.

“Cumprindo o dever de nos manter seguros e com as nossas liberdades intactas, este presidente liderou iniciativas ousadas em quase todos os cantos do mundo”, disse o secretário, afirmando que Trump “baixou a temperatura” em várias ocasiões.

No entanto, os democratas estão questionando o fato do discurso ter usado a infraestrutura do governo, já que quem paga a missão são os contribuintes, e está cobrando o ressarcimento financeiro do uso do Estado para a convenção dos republicanos. (ANSA).

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By Ewerton Souza

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