A decisão do ministro Celso de Mello de determinar o depoimento presencial do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no inquérito sobre suposta interferência dele na Polícia Federal adiciona mais uma preocupação para o Palácio do Planalto.
O PGR e a Advocacia-Geral da União tentaram garantir a prerrogativa de depor por escrito, mas o ministro entendeu que na qualidade de investigado o presidente não tem esse direito.
Além de responder perguntas do procurador-geral da República, Bolsonaro poderá ser inquirido pela defesa de Sérgio Moro, durante o depoimento. Um constrangimento que certamente não vai agradar o ocupante do mais alto cargo da República.
Em situações de estresse como esta, Bolsonaro não costuma se sentir à vontade, por isso haverá necessidade de os conselheiros jurídicos do presidente trabalharem na preparação das respostas, uma espécie de ensaio do depoimento.
Celso de Mello está de licença médica até 26 de setembro, se recuperando de cirurgia realizada no início do mês.
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