A pandemia do coronavírus impactou o setor da aviação civil de forma geral, mas as empresas de táxi aéreo foram ainda mais atingidas por causa da crise. Em janeiro deste ano, as companhias executivas realizaram cerca de 70 mil voos, número que caiu para 4 mil em abril. Por isso, o setor comemorou a decisão da Anac, a Agência Nacional de Aviação Civil, do início de agosto que liberou a venda de passagens avulsas nos voos privados. Isso significa que a partir de agora não é mais necessário alugar uma aeronave inteira; e sim apenas um assento. Embora a decisão da Anac valha apenas até 2022, o diretor da Associação Brasileira de Aviação Geral, Flávio Pires acredita que ela poderá ser prorrogada, criando um novo nicho de mercado. “Ele é de dois anos por uma medida mais da gente poder avaliar melhor o modelo com a experiência adquirido nestes dois anos. Mas a intenção da agência sempre foi fazer um estímulo para nos ajudar neste momento de redução, ampliar a conectividade neste momento de redução da malha aérea regular, mas também chegar em locais onde as aéreas não chegam”, explica.
Voar em um particular também pode ser uma opção para quem quer fugir da aglomeração dos aeroportos e, até mesmo, dentro dos aviões pelo risco do coronavírus. Segundo o presidente da Icon Aviation, Michael Klein, esse será um dos benefícios da venda das passagens individuais. “Fazendo a venda por assento, pessoa vai ter a tranquilidade de, mesmo passando a pandemia, não precisa ir para aglomeração, vai ter horário certo para embarcar, para poder voltar. Isso é importante para manter as aeronaves no Brasil quanto os pilotos, para dar trabalho para eles”, afirma. De acordo com o regulamento da Anac, as empresas de táxi aéreo poderão vender passagens para até quinze voos por semana em aeronaves com até dezenove assentos. As empresas de táxi aéreo aptas a fazer esse serviço estão listadas no sistema Voe Seguro e também no site da Anac.
*Com informações da repórter Nicole Fusco