Segundo o processo, Valteir Camargo atraiu Victor Henrique Alves, de 10 anos, oferecendo doces e refrigerante. Júri absolveu o réu pelo crime de estupro de vulnerável.
O lavrador Valteir Camargo foi condenado a 26 anos de prisão por matar Victor Henrique Alves dos Santos, de 10 anos, em um milharal em Maurilândia, no sudoeste de Goiás. O réu passou por um júri popular nesta terça-feira (3), que o condenou por homicídio doloso duplamente qualificado e falsidade ideológica.
O g1 não conseguiu identificar a defesa de Valteir para pedir um posicionamento até a última atualização dessa reportagem.
O réu era acusado de homicídio, falsidade ideológica e estupro de vulnerável. Sobre o estupro, o promotor Paulo de Tharso Brondi de Paula Rodrigues pediu a absolvição do réu porque o laudo pericial não apontou se o crime aconteceu quando a vítima estava viva ou morta.
Valteir foi condenado a 24 anos de reclusão pelo homicídio doloso, feito por meio cruel e que impossibilitou a defesa da vítima, além de 2 anos por falsidade ideológica, sem o direito de recorrer em liberdade. A sessão foi presidida pela juíza Grimã Guerreiro Caitano Bento.
Segundo o processo, Valteir Camargo atraiu Victor Henrique para o milharal oferecendo doces e refrigerantes. No terreno, o menino foi violentado sexualmente e assassinado. O crime aconteceu em abril de 2022. De acordo com as investigações, Victor brincava na rua com alguns amigos quando o acusado se aproximou.
O menino aceitou e, ao perceber que tinha ganhado a confiança de Victor, Valteir chamou a vítima para buscar milho nos fundos da casa dele. Nesse momento, o acusado estuprou e matou o garoto de 10 anos.
Segundo as investigações, Valteir não conhecia o menino nem a família dele. Durante o depoimento, ele confessou o crime e disse que deu socos e chutes em Victor. O corpo da vítima só foi encontrado três dias depois do assassinato.
Durante as investigações, a polícia analisou imagens de câmera de segurança e identificou o suspeito do crime, que foi filmado conversando com o menino horas antes do desaparecimento.
O homem fugiu para Mato Grosso, mas foi localizado e preso pela Polícia Militar em uma cidade que fica a 200 km da Bolívia.