SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – William Bonner, 56, participou na noite deste sábado (8) do programa Altas Horas, da Globo, antecipando o Dia dos Pais para falar sobre a paternidade.
Em conversa por videoconferência com Serginho Groisman, o âncora e editor-chefe do Jornal Nacional disse que seus três filhos, frutos do casamento com a apresentadora Fátima Bernardes, são “pessoas do bem” e, por isso, os enchem de orgulho.
“São bênçãos na vida. São muito diferentes um do outro, mas eu tenho, e a mãe deles também tem essa convicção, de que eles são pessoas do bem. São cidadãos legais, desses que a gente quer que o país tenha”, afirmou.
Bonner é pai de Vinícius, Beatriz e Laura Bonner. Eles são trigêmeos e estão com 22 anos.
“Eu diria para você que, nos dias em que nós vivemos, se conseguirmos que os nossos filhos sejam abertos para o contraditório, se eles tiverem a cabeça aberta para ouvir quem deles discorde, se eles tiverem essa tolerância para o diferente, já é uma vitória incrível. Não apenas nossa, mas para a humanidade, para o país e para a sociedade”, disse ainda o jornalista.
Mas o bate-papo não ficou restrito à paternidade. Bonner também fez uma análise do atual cenário do jornalismo e das redes sociais, marcado pela disseminação de fake news.
“Quando eu cheguei [nas redes sociais], em 2008 ou 2009, aquilo era uma fonte de diversão, eu me divertia muito ali. Tem gente que fica intelectualizando o que eu fiz, diz que eu criei um personagem de ‘tiozão’. Eu não fiz nada disso. Eu entrei lá e comecei a trocar mensagem com as pessoas.”
“Eu estava lidando com jovens de 16, 17 anos, às vezes até menos. Eles achavam um barato o cara do Jornal Nacional fazendo graça”, afirmou. “Mas agora a graça [das redes sociais] acabou. Aquilo é um campo de batalha agora.”
Sobre as fake news que têm ajuda das redes sociais para serem disseminadas, Bonner disse que elas são um problema planetário, não exclusividade do Brasil.
“O que acontece com as fake news é que elas têm interferido, por exemplo, em eleições, e isso é muito perigoso, e têm interferido também na saúde pública”, disse. Para ele, isso faz com que a humanidade “regrida em diversos aspectos”.
O âncora do Jornal Nacional também relacionou o momento ao jornalístico da Globo, dizendo que as pessoas que o atacam são como “alguém que não gosta da mensagem, e resolve abater o mensageiro”.
“Hoje eu estou sendo odiado, atacado por uma parcela da população que até pouco tempo me aplaudia, era entusiasta do meu trabalho. E algumas das pessoas que lá atrás jogavam ovos em mim agora estão dizendo que eu estou fazendo um bom trabalho”, sintetizou.