O PSDB oficializou o nome de Bruno Covas como candidato à releição à Prefeitura de São Paulo durante convenção realizada neste sábado, 12. O evento exaltou a ampla liderança partidária em torno do tucano, que conta com o apoio do DEM, Podemos, MDB, PSC, Progressistas, PL, PROS, Cidadania e PV. As alianças garantirão a Covas o maior tempo de exposição em rádio e TV durante a campanha eleitoral. O vereador Ricardo Nunes (MDB) será o candidato a vice.
Embora o prefeito tenha evitado nacionalizar o discurso, aliados defenderam que Covas é na capital o vetor de uma coalizão que almeja ir além da eleição municipal e pode ser o primeiro passo de uma frente contra presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), no Congresso Nacional e na eleição presidencial de 2022. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que a eleição municipal “é uma prévia do que pode acontecer no futuro” e que é preciso “aproveitar a campanha para dar a sensação que (o Brasil) pode ter um rumo”.
Apontado pelo PSDB como potencial pré-candidato ao Palácio do Planalto em 2022, o governador de São Paulo, João Doria, fez um discurso incisivo contra Bolsonaro. “Os verdadeiros patriotas não são só aqueles que vestem uma camisa verde amarela para seguir às cegas lideranças que não conduzirão o Brasil para um patamar de igualdade, justiça e fraternidade. A nossa camisa verde a amarela defende a democracia, a diversidade e a compaixão”, afirmou Doria.
A ex-prefeita Marta Suplicy também participou do evento após romper com o seu antigo partido, o Solidariedade, para apoiar covas na disputa. “Soubemos nos unir frente ao mal maior. Nesse momento eu percebo uma sombra em nossa cidade, que é reflexo de nossa pátria. A gravidade dessa situação me levou, desde o ano passado, a conversar com todas as forças democráticas no sentido da construção de uma frente ampla.”
*Com Estadão Conteúdo