Entre o fim de agosto e início de setembro, foi grande o rumor que ventilava a possibilidade de Willian Bigode deixar o Palmeiras para reforçar o Grêmio. Houve a informação de que o clube gaúcho havia feito uma consulta ao Verdão pela contratação do atacante, e isso bastou para que a torcida palestrina ficasse preocupada. Será que Willian estria de saída? Em entrevista exclusiva ao repórter Pedro Marques, do Grupo Jovem Pan, o jogador de 33 anos tratou de tranquilizar os palmeirenses. Dono de quatro títulos brasileiros por três equipes diferentes, o atleta se disse feliz no maior campeão nacional do País e indicou que cumprirá o contrato até o fim – o vínculo atual vai até dezembro de 2021.
“Tenho praticamente mais um ano e meio de contrato, então, não tem nada que ficar preocupado com isso. Não tenha dúvida de que sou um cara extremamente feliz aqui no clube. Não somente por causa da estrutura, mas das pessoas. Toda a história que tem o Palmeiras, a torcida… Fico feliz e quero cada vez mais estar escrevendo o meu nome aqui na história do clube. Sei que temos muitas competições e títulos para buscarmos e cravarmos ainda mais o nosso nome na história do Palmeiras”, afirmou.
Com passagens vitoriosas por Corinthians e Cruzeiro, Willian chegou ao Verdão em 2017, logo depois da conquista do decacampeonato nacional. Em quase quatro anos de clube, o atacante nunca pôde ser considerado um titular absoluto, é verdade, mas sempre foi um dos jogadores mais regulares e confiáveis do elenco. Não à toa, tornou-se um dos líderes do grupo campeão brasileiro em 2018 e já figura na terceira posição na lista dos maiores artilheiros do Palmeiras no século, com 49 gols em 179 jogos – apenas Dudu, com 70 gols, e Vágner Love, com 54, balançaram as redes mais vezes pelo Verdão desde 2001.
Questionado se se sente chateado por não começar todos os jogos da equipe, o atacante adotou tom conciliatório. “Eu sempre me senti titular, sempre me senti importante. Essa questão de disputa sempre vai existir, mas é uma disputa sadia. O importante é que estou sempre trabalhando, esperando uma oportunidade. Joguei uma boa parte do ano como titular. Não tenho preferência entre atuar como centroavante ou pelas beiradas. Quero sempre estar brigando pelo meu espaço. É claro que ninguém gosta de ficar no banco, mas temos sempre que respeitar as decisões, e comigo e com o Vanderlei (Luxemburgo) isso é bem claro”, explicou.
O atual treinador do Palmeiras, por sinal, foi extremamente elogiado por Willian. “Tive a oportunidade de trabalhar com ele no Cruzeiro. É um técnico experiente, e eu já conhecia o estilo dele, apesar de ele estar bem mais tranquilo, mais manso (risos). É importante porque ele traz toda a experiência de todas essas competições que estamos disputando. Ele é um cara que consegue sempre tirar algo da galera, está sempre resgatando aquela coisa interna de cada um, da alma, do coração na ponta da chuteira, e é assim que está acontecendo. Nós estamos muito felizes. É claro que sempre tentando evoluir, melhorar algo, mas acho que estamos no caminho certo. E ele está fazendo um grande trabalho”, finalizou.
Com Willian, o Palmeiras, que vem de um amargo empate com o Grêmio pelo Campeonato Brasileiro, volta a campo na próxima quarta-feira, às 21h30 (de Brasília), diante do Guaraní, no Paraguai, pela quarta rodada da Copa Libertadores da América. Com 100% de aproveitamento, o time alviverde lidera o Grupo B do torneio continental, que ainda conta com Bolívar-BOL e Tigre-ARG. Se vencer no meio de semana, a equipe comandada por Vanderlei Luxemburgo pode até se classificar para as oitavas de final com duas rodadas de antecedência.