Pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, começarão a realizar testes de uma vacina para a Covid-19 em humanos nesta quinta-feira (23).
“Em tempos normais, chegar a esta etapa demoraria anos”, explicou o secretário de Saúde britânico, Matthew Hancock, em entrevista coletiva nesta terça-feira (21). Ele ressaltou que o processo para desenvolver uma vacina é uma questão de “tentativa e erro”.
Apesar das incertezas, “as vantagens de ser o primeiro país do mundo a desenvolver uma vacina bem-sucedida são tão grandes que estou alocando todos os recursos possíveis”, afirmou.
O secretário anunciou que colocou 20 milhões de libras esterlinas (R$ 131 milhões) à disposição da equipe de Oxford e destinou 22 milhões (R$ 144 milhões) a outro projeto de vacina desenvolvido pelo Imperial College London.
“Vamos dar todos os recursos necessários para maximizar as oportunidades de que tenham sucesso o mais rápido possível”, destacou Hancock.
Enquanto as duas pesquisas continuam, o governo britânico também investirá para aumentar a capacidade de manufatura. “Desse modo, se alguma dessas duas vacinas funcionar e for segura, poderemos fazer com que esteja disponível para os britânicos assim que for humanamente possível”, frisou o secretário.
O conselheiro científico do governo, Patrick Vallance, afirmou nesta semana que o processo de desenvolvimento de uma vacina pode ser longo, mesmo que mostre sinais positivos de que pode proteger contra o coronavírus SARS-CoV-2.
“Todas as novas vacinas que começam a ser desenvolvidas são projetos a longo prazo. Só algumas acabam sendo bem-sucedidas. Com o coronavírus não será diferente”, analisou.
*Com EFE