O treinador do Paris Saint-Germain, o alemão Thomas Tuchel, valorizou nesta segunda-feira, 17, a capacidade de liderança do brasileiro Neymar para guiar a equipe francesa na semifinal da Liga dos Campeões da Europa contra o RB Leipzig, da Alemanha, na próxima terça, 18, no estádio da Luz, em Lisboa, onde as fases decisivas da competição estão sendo disputadas. O brasileiro teve uma atuação importante na partida das quartas de final contra a Atalanta – vitória por 2 a 1, na última quarta-feira -, apesar de o técnico ter afirmado que conta com todos os outros jogadores para conseguir eliminar o time alemão, que surpreendeu o Atlético de Madrid na fase anterior.
“Neymar foi sempre um líder, já o era quando vim para este clube. Talvez tenha mudado um pouco nas suas características como líder, mas quer sempre ganhar e tem fome de sucesso. É assim que um líder atua em campo. Ele adora competição e estes são os desafios necessários para ser um líder. Ele sabe que não consegue ganhar sozinho e estamos muito contentes por ter juntado estes jogadores e criado a atmosfera que tornou este momento possível”, frisou Tuchel.
A “química” futebolística entre Neymar e o atacante francês Kylian Mbappé foi também enaltecida pelo treinador, que admitiu que a relação das duas “estrelas” do elenco é um dos pontos fortes do Paris Saint-Germain. “A relação entre Neymar e Mbappé é clara e eles fazem a diferença em campo. São uma grande mistura: Neymar, o driblador, e Kylian, muito rápido e com grande fome de gols. É seguramente uma das nossas forças, não há qualquer problema em admitir isso. Todas as equipes têm as suas forças e relações especiais entre jogadores”, explicou.
Na entrevista coletiva por videoconferência, Tuchel foi questionado pelo passado em comum com Julian Nagelsmann, técnico do RB Leipzig. O primeiro orientou o segundo enquanto jogador no time B do Augsburg, na temporada 2007/2008, e o iniciou em missões mais técnicas como a observação de adversários. O treinador do Paris Saint-Germain recordou que o seu compatriota era já então um atleta curioso e inquieto com as questões táticas. “Era um jogador ‘desconfortável’, queria sempre saber porque fazíamos isto ou aquilo. Os relatórios dele mostravam que era muito atento aos pormenores”, disse Tuchel, ressaltando que esse conhecimento mais próximo não significa uma vantagem. “É mais difícil porque o Julian gosta de mudar de tática de jogo para jogo. O Leipzig parece muito confortável com ele e vai ser um jogo difícil. É um desafio, têm muita qualidade e a chave é estarmos focados em nós”.
*Com informações do Estadão Conteúdo