Relatório da Defesa Civil do Rio Grande do Sul revela aumento para 154 no número de mortos e 98 desaparecidos devido aos temporais e enchentes que assolaram o estado entre o final de abril e a primeira quinzena de maio. De acordo com o relatório divulgado nesta sexta-feira (17), 618,3 mil pessoas permanecem deslocadas.
Dos afetados, 806 estão feridos, 78.165 estão em abrigos temporários e 540.192 foram desalojados, buscando refúgio com amigos e familiares. Ao todo, 2.281.830 indivíduos foram impactados pelos eventos climáticos em 461 municípios gaúchos.
Em resposta à crise, o governo planeja erguer “cidades provisórias” em Porto Alegre, Canoas, Guaíba e São Leopoldo para abrigar os desabrigados. Essas estruturas temporárias visam acolher parte das 78 mil vítimas das inundações que estão atualmente em abrigos.
Reconhecendo a possibilidade de novos desastres naturais, o estado está considerando medidas preventivas e de adaptação às mudanças climáticas. O governador Eduardo Leite anunciou a elaboração de um plano para reconstrução e adaptação às resiliências climáticas no RS, incluindo a potencial realocação de comunidades ou cidades inteiras para áreas menos suscetíveis a inundações.
O vice-governador Gabriel Souza explicou que a preparação para enfrentar futuras enchentes vai além de sistemas de alerta aprimorados, envolvendo até mesmo a possibilidade de deslocamento de cidades inteiras para áreas mais seguras.