Segundo a polícia, criança de 3 anos tinha marcas de lesões nas pernas. Avaliação psicológica dela deve ser realizada na próxima semana. Caso ocorreu no último domingo (26) em Porto Alegre.
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O torcedor do Internacional que invadiu o campo com a filha no colo durante um tumulto após uma partida foi indiciado por três crimes pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente nesta sexta-feira (31): lesão corporal contra a criança, submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou constrangimento e expor a vida ou a saúde de alguém a perigo direto ou iminente.
A lesão corporal na criança foi constatada, segundo a delegada Elisa Ferreira, após perícia realizada nesta semana. A avaliação psicológica dela deve ser realizada na próxima semana.
“O exame de lesões corporais na menina restou positivo, foram encontradas lesões nas pernas. […] Escoriações leves. Não há exatamente como confirmar esse fato [que foi ali a lesão], a gente indiciou nesse sentido porque há uma posição de garantidor, então a partir do momento que ela passa por aquela situação, de extremo risco, que somente não foi agredida por parte do jogador porque ele teve bom senso, e nesse contexto surgiram essas lesões e ao que tudo indica produzidas naquele momento”, diz.
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Justiça determina que situação de criança seja apurada
tentamos contato com a defesa do torcedor, mas não obteve retorno até a atualização mais recente desta reportagem. A advogada do homem, Thayane Paixão, afirmou na segunda (27), que o homem invadiu o campo “para proteger a filha” porque tinha “medo do que estava acontecendo na arquibancada”. Segundo a polícia, a mesma versão foi apresentada pelo investigado em depoimento.
Na quinta-feira (30), o torcedor já havia sido indiciado pela Polícia Civil por lesão corporal contra o cinegrafista da RBS TV, Gabriel Bolfoni. O homem foi responsabilizado também por invasão de campo, conforme previsto pelo Estatuto do Torcedor.
O torcedor é morador de Canoas, na Região Metropolitana, é casado e pai de uma única filha, a menina carregada por ele no colo. O homem é sócio do Internacional desde março deste ano e não faz parte de torcida organizada desde 2019. Com ensino médio completo, ele é autônomo e não tinha antecedentes policiais.
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