São Paulo, setembro de 2021 – O baixo nível dos reservatórios é o principal tema na pauta do setor de energia. Na prática, a maior crise hídrica dos últimos 90 anos já está impactando a economia como um todo e para mitigar os reflexos de um possível racionamento, as geradoras de energia intensificam os planos de investir em empreendimentos das fontes renováveis, principalmente a eólica que hoje já representa mais de 10% de toda energia injetada no Sistema Interligado Nacional (SIN).
A Renova Energia, empresa pioneira na geração por fontes renováveis, possui um portfólio de projetos de 5 GW todos eólicos e localizados no Nordeste, região que concentra 80% dos empreendimentos desta fonte. A empresa, que atua no setor há mais de uma década é proprietária também de uma subestação de transmissão na região com capacidade para escoar 1 GW de energia. “A companhia está preparada para realizar transações envolvendo os projetos que possui em carteira e a atual crise de hidroeletricidade tem favorecido negócios envolvendo ativos renováveis”, pontua Renato Amaral, sócio da RFA Holding e fundador da Renova Energia.
Segundo Marcelo Milliet, CEO da Renova, em entrevista ao Canal Energia, a companhia focará sua atuação na geração de energia renovável, principalmente das fontes eólica e solar. “Temos mapeados projetos em termos de energia solar e um deles inclusive em Caetité, região que além de vento é rica em recursos solares. Além disso há sinergias. Alto Sertão III terá 430 MW mas a subestação que temos tem capacidade de escoamento de 1 GW, podemos agregar outros projetos na mesma subestação e ainda teremos nosso centro de operações”, disse o executivo ao veículo de comunicação. “Estamos olhando no entorno do NE onde há potencialidade de investimentos em solar, mas esse de Caetité deve ser o primeiro”, complementou.
Além da Renova outras empresas estão direcionando seus investimentos para a geração eólica e segundo estimativas da Abeeólica, associação que representa o setor, entre 2011 a 2020 a indústria já investiu US$ 35 bilhões no Brasil e o temor do racionamento de energia promete atrair ainda mais interessados em negócios com a fonte.