O Tribunal de Contas da União abriu, na quarta-feira, 12, prazo de 15 dias para que a Casa Civil da Presidência da República apresente o plano de ação para aquisição, produção e distribuição das futuras doses de vacina contra o coronavírus. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem mais de 3,1 milhões de infectados pela Covid-19. Ao todo, 55 mil novos casos foram confirmados em 24 horas e mais de 104 mil brasileiros já perderam a vida por complicações da doença. A determinação do Tribunal acontece no mesmo momento em que o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto, afirmou que a pasta pretende usar a primeira vacina que se mostrar eficiente e segura contra o coronavírus. Segundo ele, o fato de o governo federal ter fechado parceria com a imunização de Oxford não exclui as outras opções.
Também nesta quarta, o governo do Paraná formalizou acordo para produção da vacina desenvolvida pela Rússia contra a Covid-19. Os termos foram firmados entre o governador Ratinho Júnior e representantes do Ministério da Saúde, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da embaixada russa no Brasil. A partir de agora, será criado um grupo de trabalho para compartilhamento de informações sobre a eficácia e transferências de tecnologia. Só então um protocolo será desenvolvido e submetido à aprovação da Anvisa. O Instituto de Tecnologia do Paraná será responsável por todas as etapas, desde a pesquisa até a distribuição das doses. O diretor-presidente do Tecpar, Jorge Callado, acredita que os voluntários devem começar a ser testados no próximo mês. A previsão, no entanto, é de que a vacina seja distribuída no Brasil no segundo semestre de 2021.
*Com informações da repórter Letícia Santini