SÃO PAULO – O governo de São Paulo manteve o retorno das aulas presenciais para os alunos do Ensino Médio e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e nos Centros de Educação de Jovens e Adultos (CEEJA) da rede estadual de ensino para o dia 7 de outubro. Já para os alunos do Ensino Fundamental, a data prevista de volta às aulas foi alterada para o dia 3 de novembro.
O retorno das atividades complementares de reforço nas escolas municipais, estaduais e privadas, assim como a retomada das aulas presenciais dependem de autorização das prefeituras.
“A volta às aulas tanto na rede estadual quanto nas redes municipais e particulares está condicionada à autorização dos prefeitos de cada um dos 645 municípios do estado de São Paulo”, disse o governador João Doria (PSDB).
Segundo Doria, o início do retorno das atividades escolares pelos estudantes matriculados nas séries finais e do EJA ocorre agora porque essas etapas são as mais afetadas pela evasão escolar, que prejudica estudantes mais pobres.
As atividades extracurriculares, de reforço e acompanhamento pedagógico, autorizadas desde o dia 8 de setembro pelo governo estadual em municípios que estão há 28 dias na fase amarela do Plano São Paulo, poderão ter continuidade desde que as prefeituras também autorizem o desenvolvimento das ações nas unidades escolares.
A reabertura das escolas deve seguir os protocolos estabelecidos de 35% da capacidade de alunos por dia em atividades presenciais nas redes privadas e municipais para estudantes dos anos iniciais e do Ensino Fundamental.
Para os estudantes dos últimos anos do Ensino Fundamental e o Médio, o limite máximo é de 20%. Na rede estadual de ensino, só permitido a capacidade de 20% em todas as etapas. Estudantes e profissionais com doenças crônicas ou fatores de risco devem permanecer em casa, cumprindo atividades remotas.
Durante entrevista coletiva realizada no Palácio dos Bandeirantes nesta sexta-feira (18), Doria também anunciou a liberação de mais R$ 50 milhões para manutenção dos prédios escolares e que as mais de 5 mil escolas da rede estadual de ensino deverão apresentar planos de retomada das aulas à Secretaria da Educação.
A presença dos alunos nas atividades extracurriculares é opcional e, quando houver interesse por parte de um número maior de estudantes do que o permitido, devem ser priorizados os alunos que não tenham acesso a computador ou à internet; aqueles que estejam com maiores dificuldades de aprender; além dos que apresentem distúrbios emocionais.
No retorno as aulas, o governo irá distribuir 12 milhões de máscaras de tecido; 300 protetores faciais de acrílico; cerca de 10 mil termômetros a laser; 10 mil totens de álcool em gel; 112 mil litros de álcool em gel, além da contratação de 1000 psicólogos para auxiliar no atendimento psicológico de estudantes, servidores e professores da rede estadual.
Nesta quinta-feira (17), a prefeitura da cidade de São Paulo autorizou a retomada das aulas presenciais do ensino superior público e privado a partir do dia 7 de outubro. Para os demais estudantes, as aulas presenciais ainda seguem sem data de retorno definida.
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