O secretário de Saúde da cidade de São Paulo, Edson Aparecido, ressaltou os números decrescentes relacionados à pandemia da Covid-19 há mais de 80 dias no município e afirmou que, hoje, a situação está mais controlada. “Quanto a solicitações de internação em UTI, chegamos a ter 70 por dia e hoje temos 25. A taxa de ocupação dos leitos de enfermaria está em 46%, em UTI está 48%. Além disso, desde 5 de junho temos números decrescentes de óbitos. O fim de abril, mês de maio e início de junho foi o período mais crítico. Hoje eu diria que temos a situação sob controle, mas ainda temos que ficar atentos.”
A cidade de São Paulo foi o epicentro da pandemia no país e hoje concentra cerca de 10% das mortes pelo novo coronavírus em todo o Brasil — esse número já atingiu 60% há poucos meses. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, Edson Aparecido lembrou que, agora, todos podem ser testados. “A testagem está muito maior. Todo mundo que tem sintomas de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é testado com o PCR. Se o resultado dá positivo, vamos até a casa dessa pessoa e testamos a família. É preciso acompanhar os números todos os dias para em, qualquer alteração de cenário, a gente ter uma ação.”
Edson Aparecido lembrou que a Covid-19 é uma doença desconhecida e que desestabilizou não apenas a economia, mas também sistemas de saúde pública consolidados, como é o caso do NHS do Reino Unido. O país optou pela imunidade de rebanho nas primeiras semanas e, depois, registrou um alto número de casos e óbitos e precisou adotar a quarentena. De acordo com o secretário, com as orientações de distanciamento social na capital paulista, 8 milhões de pessoas deixaram de circular e isso permitiu que o sistema de saúde se preparasse — o que permitiu a flexibilização gradual de acordo com o Plano São Paulo.
O secretário municipal de Saúde lembrou que nesta terça-feira (18) se inicia o 5º inquérito sorológico da Covid-19 na cidade. Esses estudos já mostraram que mais de 42% dos infectados pelo novo coronavírus foram assintomáticos. Ainda assim, a decisão do governo da cidade foi de manter o Hospital da Campanha do Anhembi por, pelo menos, mais um mês. “Estamos no processo de transição dos equipamentos para os hospitais que vão ficar em definitivo em São Paulo. A última ala do Hospital Sorocabana e o Hospital Brigadeiro são importantes para isso. Caso haja alguma mudança de cenário, é importante ter o hospital de campanha enquanto os outros não são entregues”, finalizou.