O Senado aprovou um voto de aplauso ao ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, demitido na última semana pelo presidente Jair Bolsonaro. O requerimento foi protocolado pela senadora Eliziane Gama, do Cidadania, para quem a demissão provoca “grande preocupação para o Brasil”.
Ela aponta que a troca ministerial foi inoportuna em meio à maior pandemia dos últimos cem anos, e que Mandetta “vinha fazendo um bom trabalho”. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, aceitou o pedido. Segundo ele, a declaração não precisava passar pela votação do plenário.
Ao longo da sessão remota desta sexta-feira (17), alguns senadores repercutiram a decisão e saíram em defesa do ex-ministro Mandetta. O líder do PSL, senador Major Olímpio, disse que ele foi alvo de fogo amigo do presidente Jair Bolsonaro e perguntou qual ministro será o próximo alvo do chefe do Executivo.
O senador Nelsinho Trad, do PSD, que chegou a contrair covid-19 após viajar na comitiva de Bolsonaro aos Estados Unidos e já se curou, também contestou o momento em que a substituição foi feita.
Na mesma sessão, alguns senadores questionaram a fala do presidente Jair Bolsonaro, em que diz que possuí informações sobre um plano tramado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o governador de São Paulo, João Doria, e o Supremo Tribunal Federal contra ele.
O senador Alessandro Vieira do Cidadania, quer que o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, General Augusto Heleno, dê explicações. O requerimento precisa ser aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça.
*Com informações do repórter Levy Guimarães