Em um horário pouco convencional para os padrões do futebol brasileiro, o Santos derrotou o Delfín, no início da madrugada de sexta-feira, em Manta, no Equador, por 2 a 1, e se aproximou da classificação para as oitavas de final da Libertadores. Líder do Grupo G, o time da Vila Belmiro alcançou os dez pontos, e deixou o adversário com apenas um. O Defensa y Justicia, segundo colocado, soma seis, enquanto o paraguaio Olimpia tem cinco. O próximo desafio é na quinta-feira, em Assunção, diante do time paraguaio. Já o Delfín recebe o Defensa no mesmo dia.
A facilidade com que o Santos atuou no primeiro tempo não deixava transparecer que a partida era disputada no litoral equatoriano. Como se estivesse em casa, o time de Cuca teve liberdade para se impor, e atuou grande parte dos 45 minutos iniciais no campo de ataque. O Delfín apostou nos contra-ataques, mas a falta de velocidade impediu que o time conseguisse surpreender. A opção foi arriscar de longe, sem sucesso. Na única vez que chegou na área, Valencia obrigou João Paulo a fazer bela defesa.
Sempre com espaços para progredir, o Santos abriu o placar aos 17 minutos com Marinho, após cruzamento de Soteldo pela esquerda. Apesar da vantagem, o time permaneceu com a postura ofensiva e praticamente não foi incomodado pelo adversário, que ficou em situação pior quando o zagueiro Carlos Rodríguez fez duas faltas em sequência e acabou expulso. O primeiro tempo só não foi melhor para o Santos pois o zagueiro Lucas Veríssimo sentiu uma lesão muscular na perna direita, e teve que ser substituído por Alex.
No segundo tempo, o ataque santista inteiro teve chances – Sánchez, Kayo Jorge e Arthur Gomes falharam. Marinho perdeu um gol incrível. Com isso, o ditado mais usado no futebol – ‘quem não faz, toma’ – voltou a ser usado. Em jogada despretensiosa, Janner Corozo invadiu a área, passou pela marcação e cruzou para Rojas, que havia acabado de entrar no jogo: 1 a 1. A estrela de Cuca brilhou com intensidade, e dois dos jogadores que entraram na etapa final foram os responsáveis diretos pelo segundo gol. Marinho lançou Raniel na direita e o cruzamento rasteiro foi perfeito para a entrada em velocidade de Jean Mota, que acabara de substituir Kaio Jorge. A partir daí, o time da Vila tocou a bola e soube usar a vantagem numérica para administrar a vitória.
FICHA TÉCNICA
DELFIN 1 X 2 SANTOS
DELFIN – Dennis Corozo; Jonathan González (Cifuentes), Cangá, Carlos Rodríguez e Nazareno; Vélez, Ortiz, Villalva (Rojas) e Janner Corozo; Valencia (Benítez) e Garcês. Técnico: Miguel Zahzú.
SANTOS – João Paulo; Pará, Lucas Veríssimo (Alex), Luan Peres e Felipe Jonatan; Diego Pituca, Carlos Sánchez e Arthur Gomes (Raniel); Marinho, Kaio Jorge (Jean Mota) e Soteldo. Técnico: Cuca.
GOL – Marinho aos 17 minutos do primeiro tempo. Rojas aos 29 e Jean Mota aos 36 minutos.
ÁRBITRO – Kevin Ortega (PER).
CARTÕES AMARELOS – Valência, Canga, Lucas Veríssimo, Pará, Marinho, Nazareno e Luan Peres.
CARTÃO VERMELHO – Carlos Rodríguez.
LOCAL – Estádio Jocay, em Manta, Equador.
* Com Estadão Conteúdo