Segundo a Polícia Civil, Darlan Jessie de Oliveira Bolener alegava ter câncer em fase terminal para pedir dinheiro às vítimas. Investigação aponta que ele se passava por médico, empresário e neto de desembargadora
Considerado pela polícia como “golpista do amor”, Darlan Jessie de Oliveira Bolener, de 31 anos, suspeito de aplicar golpes em mais de 15 pessoas que conheceu pela internet, se passava por médico, empresário e neto de desembargadora para se aproximar das vítimas e conquistar a confiança delas. Depois, segundo os investigadores, alegava ter câncer em fase terminal para pedir dinheiro.
A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Darlan para que se posicionasse até a última atualização desta reportagem.
Darlan foi preso na quarta-feira (18), em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, devido a um suposto crime que cometeu contra uma moradora de Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal.
Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF), Darlan também ficou conhecido como Gabriel Arcanjo e é investigado por estelionato em São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais. A Polícia Civil de Goiás informou que o suspeito já causou um prejuízo de mais de R$ 300 mil.
Para aplicar o golpe contra a vítima de Águas Lindas de Goiás, o delegado João Carlos de Freitas Junior informou que o suspeito se aproximou, começou um relacionamento amoroso com ela, e, após ganhar confiança, pediu R$ 5 mil emprestado para ajudar no tratamento de saúde de um familiar, que supostamente mora no Mato Grosso. Após receber a quantia, ele desapareceu.
Em 2019, agindo da mesma forma, o homem também enganou um funcionário público do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF). Dessa vez, a vítima teve um prejuízo de R$ 300 mil.
Além de ser preso na última quarta, Darlan teve as contas bancárias bloqueadas. No momento da prisão, os agentes encontraram R$ 2.490 em espécie no bolso dele.
Como ele agia
De acordo com a PC-DF, Darlan usava as redes sociais para atrair vítimas, sempre da mesma forma: alegando ter uma doença grave. No histórico de crimes, conforme a PC-DF, ele também ofertava falsos empregos e bolsas de estudo que não existiam.
Ele conhecia as vítimas pela internet ou aplicativo de relacionamento e iniciava relações amorosas com elas. Após ganhar a confiança delas, o suspeito inventava que estava doente, com problemas, e começava a pedir dinheiro. Quando a vítima mandava o dinheiro, ele desaparecia”, explicada João Carlos de Freitas.
Ainda conforme o delegado, o suspeito passou por audiência de custódia nesta quinta-feira (19), mas, por se tratar de um mandado de prisão preventiva, apenas o juiz que mandou prendê-lo pode mandar soltá-lo. Por esse motivo, Darlan deve continuar preso. O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) informou que Darlan responde por estelionato, uso de documentação falsa e receptação. Somadas, as penas podem chegar a 12 anos de prisão.