Não somente a vida das pessoas está sendo impactada pela pandemia do novo Coronavírus. Os setores da economia, incluindo o segmento de logística e transporte, estão sendo diretamente afetados. Assim, as empresas estão precisando se reinventar, criando alternativas com foco na boa gestão da cadeia de suprimentos para minimizar as perdas gerar novas oportunidades.
Para o CEO da GES Logística no Brasil, Frederico Resende, entre os principais efeitos gerados pela pandemia no setor de logística está o aumento das vendas online. “O isolamento social durante a quarentena impôs o fechamento de maior parte das lojas físicas. Isso estimulou as pessoas a comprarem pelos meios digitais, exercendo uma pressão na cadeia logística”, afirma.
Além disso, durante o período em que as lojas físicas não podiam ser abertas, pequenos lojistas encontraram nas grandes plataformas de venda eletrônica a solução para comercializar seus produtos. “Os marketplaces, que já tinham grande potencial de crescimento, acabaram se consolidando e, com consequência, tiveram que ampliar sua malha logística de distribuição”, destaca Frederico Resende.
No entanto, o boom de vendas online durante a pandemia trouxe, como consequência, o aumento de reclamações, sendo a maioria relacionada ao atraso na entrega, afirma Frederico Resende. “Mais um desafio que exige soluções rápidas e acertos nas operações, mas que trazem benefícios que ficarão enraizados. Exemplo disso são as novas rotinas de higienização para armazenamento, embalagem e transporte dos produtos”, frisa.
Outro ponto salientado pelo empresário Frederico Sanchez Resende foi o estreitamento das cadeias produtivas na primeira metade de 2020. “Podemos apontar como fatores responsáveis o fechamento de fronteiras e a queda no número de voos. Além disso, muitas indústrias foram obrigadas a suspender suas produções de forma provisória. Como ganho, tivemos o desenvolvimento de novas rotas logísticas originadas por este novo cenário”, ressalta.