Logo após o Corinthians anunciar a demissão de Tiago Nunes, na última sexta-feira, vários nomes de treinadores surgiram à tona, entre eles o de Rogério Ceni. Nesta segunda-feira, 14, no entanto, o atual comandante do Fortaleza negou que tenha sido procurado pelo clube do Parque São Jorge, mas afirmou que ser especulado é sinal de que seu trabalho no time nordestino é positivo. A possibilidade de receber um convite surgiu principalmente depois de o presidente do Timão, Andrés Sanchez, ter afirmado que não existia qualquer problema em contratar o maior ídolo do São Paulo. “É natural que se o profissional estiver fazendo um bom trabalho, as pessoas falem, opinem. A mídia fala o nome, ninguém me procurou, absolutamente nada. Fico contente, porque acho que é um reconhecimento de um trabalho, mas nada além disso”, disse Ceni. “Estou firme e focado no trabalho no Fortaleza, esperamos que até o final do campeonato possamos extrair o melhor do time e manter o Fortaleza na primeira divisão do futebol brasileiro”, acrescentou o técnico.
A declaração neste momento foi menos enfática do que o seu posicionamento anterior. Rogério Ceni sempre afirmou que treinar os rivais do São Paulo seria incompatível pela história como goleiro. No final de agosto, por exemplo, o “Mito” concedeu entrevista exclusiva à Jovem Pan e admitiu que a idolatria que ostenta no Tricolor paulista torna a hipótese de comandar Corinthians ou Palmeiras um tanto quanto improvável. “Eu acho que foi o (Maurício) Galiotte (presidente do Palmeiras) que falou uma vez… Que não é conveniente! Eu tenho o maior respeito pelo Corinthians e pelo Palmeiras, mas você já imaginou aquele torcedor do São Paulo que fez uma tatuagem no braço? Assim, por mais que você goste do futebol, e isso é da profissão, eu acho muito difícil que, primeiro, exista um interesse. Eu acho que não existirá um interesse de Palmeiras e Corinthians para me contratar. E, segundo, seria muito improvável por essa história que se criou (no São Paulo). Acho até que perderia um pouco de todo o contexto da história que se criou, do respeito, mas também da rivalidade que existe”, respondeu.
Apesar disto, Rogério rasgou elogios aos dois maiores rivais do clube do qual é uma lenda. “Nós fomos treinar no Palmeiras recentemente e fomos muito bem recebidos lá, todas as vezes em que a gente vai lá, a gente é muito bem recebido. Eu, particularmente, que fui adversário do Palmeiras, sou sempre muito bem recebido lá. Na Arena Corinthians, também. Então, assim… Ainda tem algum brilho no futebol quando você mantém essa rivalidade misturada com respeito com os grandes adversários”, destacou.
Apesar de todas as especulações, ainda não há nenhum nome favorito para substituir Tiago Nunes no comando do Corinthians. Ceni não foi procurado, e Mano Menezes, que seria um candidato natural, foi anunciado pelo Bahia ainda nesta semana. Desta forma, Dyego Coelho deve continuar no banco de reservas da equipe alvinegra. Ele foi o treinador do time na derrota para o Fluminense por 2 a 1, no último domingo, no Maracanã, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro.
*Com informações do Estadão Conteúdo