Guilherme Santos de Oliveira, conhecido por seus ataques a farmácias desde 2019, continua sua série de crimes mesmo após ter sido detido por dois anos. Mesmo quando em regime aberto, não cumpriu suas obrigações, reincidindo nos delitos.
O programa Fantástico, no último domingo (17), revelou uma recente onda de assaltos direcionados a farmácias em São Paulo, com os criminosos visando especialmente medicamentos caros, notadamente as canetas utilizadas no tratamento da obesidade.
Durante uma operação policial, uma grande quantidade dessas canetas foi descoberta na geladeira de um receptador de produtos farmacêuticos, juntamente com legumes e várias embalagens de alimentos. Ademais, diversas caixas do medicamento para transtorno de déficit de atenção foram encontradas em um saco.
A investigação revelou uma rede de comunicação entre os criminosos, documentada em mensagens trocadas através dos celulares apreendidos. Os assaltantes operavam em grupos organizados, e o receptador do material foi preso, com conexões diretas com Guilherme Santos de Oliveira.
Este último, já conhecido por seus delitos, voltou a atacar farmácias após sua libertação, sendo novamente detido, desta vez em companhia de um comparsa, após uma série de roubos.
O Fantástico reportou a falha do sistema judiciário ao Tribunal de Justiça, que anunciou a abertura de um processo para investigar a demora na expedição do mandado de prisão. Entretanto, a defesa de Guilherme não foi localizada para comentar sobre o caso.
Diante deste cenário, autoridades e representantes de classe ressaltam a necessidade de medidas preventivas e de segurança mais robustas por parte das farmácias, incluindo investimentos em tecnologias como cofres inteligentes com acesso remoto e abertura programada.
Por outro lado, Renata Pereira, presidente do Sindicato dos Farmacêuticos de São Paulo, destaca a falta de suporte para os trabalhadores afetados por esses incidentes violentos, tanto em termos de medidas preventivas quanto de apoio psicológico pós-traumático.