Uma das referências do elenco do Goiás, o atacante Rafael Moura se pronunciou sobre os casos de coronavírus na equipe, algo que levou ao adiamento da partida contra o São Paulo, que seria disputada no último domingo. E defendeu os procedimentos adotados pelo clube para combater a Covid-19. Rafael Moura confirmou que foi um dos jogadores do Goiás infectados. Os exames iniciais apontaram que o elenco teve dez casos de coronavírus, com a contraprova confirmando nove contaminações. Com isso, o duelo, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro e que seria disputada no estádio da Serrinha, foi adiado. A publicação de Rafael Moura foi uma resposta a Daniel Alves. Embora não tenha citado nominalmente, o jogador são-paulino, que classificou o incidente como “inadmissível”, indicou insatisfação, em texto, sobre a divulgação dos casos de coronavírus apenas no dia da partida e ao próprio clube adversário – pelo número expressivo de resultados positivos.
De acordo com Rafael Moura, ele e o elenco do Goiás foram surpreendidos com os casos de contaminação. E o centroavante assegurou que o clube tem tomado medidas para evitar a propagação do coronavírus. “Eu fui um deles e confesso que o Goiás tem seguido à risca todos os protocolos. Somos testados toda semana, usamos máscaras nas dependências do clube, seguimos a cartilha fazendo o trajeto casa/CT, CT/casa já uniformizados e prontos para entrar em campo, após a medição de temperatura e passagem pela cabine de desinfecção na entrada e saída”, escreveu. “Infelizmente estamos expostos ao vírus invisível, e pode acontecer com qualquer atleta que está disposto a sair de casa e ir exercer sua profissão e talvez um de nós infectado transmitiu aos demais, entre um teste e outro. Coisa para se refletir a conduta dos testes ou aumentar a proximidade dos mesmos”, acrescentou.
O Goiás não revelou quais jogadores foram infectados, mas a escalação divulgada antes do adiamento da partida não contava com, além de Rafael Moura, outros sete jogadores considerados titulares. Eram eles: Tadeu, Fábio Sanches, David Duarte, Jefferson, Sandro, Ratinho e Keko. Rafael Moura também pediu desculpas ao São Paulo, que chegou a entrar em campo para atuar no estádio da Serrinha, mas precisou voltar à capital paulista sem jogar – uma nova data para realização do confronto ainda não foi determinada pela CBF. Além disso, justificou o atraso na divulgação dos resultados e como o Goiás se comportou a partir disso.
“Pedimos desculpas ao São Paulo e a todos atletas, mas foi uma coisa que, repito, fugiu ao controle mesmo com todas as medidas e protocolos seguidos à risca. Em tempo, te falo também que fomos testados na quinta-feira. O teste foi invalidado por erro de armazenagem e testamos novamente na sexta. O resultado saiu hoje, às 9h40. Tentamos a inscrição de novos atletas para que vocês não perdessem a viagem, mas nos foi negado essa opção”, disse. “Então o bom senso foi o adiamento do jogo, pois sabendo que você, um cara vencedor e competitivo que é, não gostaria de enfrentar uma equipe com 2 reservas e sem goleiro no banco! O erro maior foi o tempo hábil para a realização do jogo, pois se tudo ocorre normal, nossos resultados teriam saído na sexta, dando tempo de escalar jogadores disponíveis e sendo a realizada a partida! Temos muito a melhorar ainda e aprender nesse novo futebol! Desejo sorte a você e sua equipe no campeonato e logo nos encontraremos! Com a certeza e muita oração que tudo passe bem com os 10 atletas infectados e nossos familiares”, concluiu.
Após o adiamento da partida contra o São Paulo, o Goiás está previsto para estrear no Brasileirão na quarta-feira, quando visitará o Athletico Paranaense, na Arena da Baixada.
*Com Estadão Conteúdo