Mais de duas mil pessoas foram internadas devido às queimadas em nove estados que fazem parte da amazônia legal. O relatório publicado em conjunto pelas organizações Human Rights Watch, IPAM, Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, e IEPS, Instituto de Estudos para Políticas de Saúde mostrou que em 2019, das 2195 hospitalizações, 49% foram idosos acima de 60 anos e 21% bebês de até um ano. As principais consequências são irritação nos olhos, na garganta e especialmente danos ao sistema respiratório. A diretora da Human Rights Watch, Maria Laura Canineu alerta que a situação se arrasta desta forma há muito tempo e somente será minimizada se houver um combate efetivo ao desmatamento.
“Elas vão, ano após ano, retornar a essa realidade enquanto o Brasil não resolver o problema central do desmatamento, enquanto o Brasil não colocar as suas agências ambientais para trabalhar com recursos e autonomia”, explica. Os níveis de poluentes ultrapassaram em até três vezes os recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). As queimadas tem início pela ação do homem e este período é o mais crítico do ano. Vale lembrar que o governo federal proibiu queimadas até o mês de novembro.
*Com informações do repórter Daniel Lian