Hassan Diab, primeiro-ministro do Líbano, comunicou a sua renúncia ao cargo nesta segunda-feira (10). O anúncio foi feito em meio a uma grave crise política no país, que foi agravada pela megaexplosão no porto de Beirute na última semana e que fez com que vários ministros abandonassem o governo.
Pouco antes de anunciar sua saída do cargo, Diab afirmou que a explosão foi resultado de corrupção endêmica no governo.
O número de mortos nas explosões registradas na área portuária de Beirute em 4 de agosto está em 220, informou o governador de Beirute, Marwan Abboud, ao site “Al-Marsad” nesta segunda. Conforme os dados do político, há ainda 110 desaparecidos e cerca de sete mil pessoas ficaram feridas.
Cada vez mais a tese de incidente ganha força no caso do dia 4 de agosto. A falta de cuidados no armazenamento de 2.750 toneladas de nitrato de amônio, que estavam no porto há cerca de seis anos, foi a principal causa para a dimensão da tragédia, apesar dos repetidos avisos de segurança.
Com isso, protestos eclodiram no final da semana passada exigindo mudança de regime e a renúncia do primeiro-ministro. Para muitos libaneses, a explosão foi o ápice de uma crise que envolve o colapso da economia, a corrupção endêmica e governos disfuncionais. Veja mais clicando aqui.
Desta forma, Diab enfrentou pressão para deixar o cargo. No sábado, ele informou que solicitaria eleições parlamentares antecipadas.
(com agências internacionais)
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