Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, testou positivo para Covid-19 pela primeira vez nessa quinta-feira (21/7). A Casa Branca comunicou que ele está imunizado com três doses da vacina contra o vírus e que usa o antiviral Paxlovid, desenvolvido no país norte-americano, para o tratamento.
O medicamento, produzido pela biofarmacêutica Pfizer, é indicado indicado para uso imediato após os primeiros sintomas da doença em adultos que tenham testado positivo e apresentam alto risco de progressão de quadro grave da doença. De acordo com um estudo da própria farmacêutica, as pílulas apresentam 89% de eficácia na prevenção de hospitalizações e mortes em pacientes de alto risco para a infecção do vírus.
Outro estudo analisou que o antiviral também reduz gravidade em idosos, o que justificaria o uso do medicamento pelo presidente norte-americano, de 79 anos.
O Paxlovid foi o primeiro medicamento produzido para combater o coronavírus, e combina dois compostos: o nirmatrelvir e o ritonavir.
Ele tem como objetivo bloquear a replicação do vírus Sars-CoV-2 e tem se mostrado efetivo no tratamento das variantes Ômicron e Delta, classificadas como variantes de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O antiviral faz parte da classe de medicamentos chamados inibidores da protease, usados no tratamento de infecções virais como HIV, hepatite C.
No Brasil, o medicamento é liberado pela Anvisa desde maio de 2022 para pessoas com riscos de terem os sintomas agravados e de serem hospitalizadas, e é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O Paxlovid não é indicado para pessoas que não correm esse risco, uma vez que não é eficaz na redução de sintomas e internações.