O Ministério Público Federal (MPF) determinou pela continuidade das investigações no Rio de Janeiro do suposto crime eleitoral cometido pelo senador Flávio Bolsonaro na declaração de bens em eleições passadas. A procuradoria eleitoral fluminense havia sugerido o arquivamento das investigações. No entanto, o juiz titular do caso, Flávio Itabaiana, remeteu essa apuração ao Ministério Público Federal. Com isso, por unanimidade, o colegiado da Câmara do MPF decidiu pela continuidade do inquérito. A apuração ficará a cargo do Ministério Público Eleitoral do Rio de Janeiro. Flávio é investigado por suposta falsidade ideológica e lavagem de dinheiro na omissão de bens e imóveis nas declarações entregues à Justiça Eleitoral do Rio de Janeiro nos anos de 2014, 2016 e 2018. A defesa nega e alega que a Polícia Federal e dois procuradores do MPF já sugeriram o arquivamento da investigação.
Paralelamente, Flávio Bolsonaro é investigado de ter cometido o crime da “rachadinha”, que é o desvio de recursos, na época em que era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Ele também teria usado os recursos das rachadinhas para lavar o dinheiro na compra de bens e imóveis, o que o parlamentar nega. Além disso, o filho do presidente Jair Bolsonaro já foi ouvido no inquérito do Ministério Público que apura denúncia vazamento da Operação Furna da Onça, em 2018, quando começaram a surgir relatórios do antigo Coaf sobre movimentações financeiras atípicas em 20 gabinetes da Assembleia.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga