O caso Fabrício Queiroz, suspeito de rachadinha no gabinete do ex-deputado e agora senador Flávio Bolsonro virou polêmica no Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). O motivo é a perda de um prazo para reverte uma decisão desfavorável para o MPRJ. Recentemente, no mês de junho, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiu mudar a instância competente responsável para a investigação do caso das rachadinha, levando da primeira para a segunda instância, órgão especial do Tribunal. O MPRJ recorreu da decisão, mas fora do prazo de validade. Com isso, o órgão começa uma investigação interna do ocorrido com o objetivo de apontar os responsáveis.
Há informações que o acesso ao sistema que envolve o recurso foi feito no gabinete da promotora Soraya Gaia, dentro do próprio Ministério Público. Com isso, a partir do momento em que aconteceu o acesso ao sistema iniciou também a contagem de prazo para apresentação do recurso, o que foi perdido pelo órgão. A promotora, alvo de uma investigação, afirma não ter sido ela que acessou o sistema. Agora, a investigação busca apontar quem acessou o sistema e deu início ao prazo para recurso. Dentro do MP as suspeitas é que tenha sido a própria promotora, uma vez que ela já tinha dado decisões favoráveis ao senador Flávio Bolsonaro e já tinha feito, nas redes sociais, publicações, em apoio a decisões do presidente Jair Bolsonaro. O Ministério Público tem pronto uma denúncia contra Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz, mas espera o momento para apresentação. Enquanto isso, Queiroz permanece em prisão domiciliar no apartamento da família em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga