Um estudo da Universidade John Hopkins apontou que usuários de máscaras são expostos a cargas virais mais baixas do coronavírus e, portanto, poderiam manifestar a doença de forma mais branda – ou até assintomática. Em diversos países, como no Brasil, o uso da máscara se tornou obrigatório – e até divertido. A pedido da empresa, a estudante de moda, Rebeca Mol, usa uma máscara básica para trabalhar, mas a jovem tem outras 30 em casa. Rebeca conta que se importa primeiro com o conforto, mas leva em consideração o aspecto visual. Historicamente, a moda tende a equilibrar momentos de crise e, por isso, as máscaras coloridas e estampadas acabam caindo no gosto da população.
A jornalista especialista em Moda, Lilian Pacce, acredita que o fator estético das máscaras só vêm para somar – desde que o usuário respeite a forma correta do uso. “Se a máscara virar uma preocupação estética só, desde que ela cumpre a função de proteção está ótimo. Se ela ganhar essa preocupação a mais, que ela acaba ganhando porque as pessoas são vaidosas. Mesmo quando estamos todos cobertos, ainda temos vaidade e a vaidade se expressa de várias maneiras. Uma delas pode ser a escolha da máscara”, pontua.
Se há, por um lado, o estímulo do uso dos equipamentos, por outro, há a preocupação da máscara virar um acessório banal. A criadora do portal Das Modas, Letícia Santhana, acha válida a diversão com cores e estampas, mas reforça que há limites que não devem ser ultrapassados. De acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde, as máscaras devem ter três camadas capazes de absorver as gotículas da respiração do usuário, repelir as que vem de fora e filtrar o ar que entra e sai. Os equipamentos precisam cobrir o nariz, boca e queixo e devem ser higienizados após o uso.
*Com informações da repórter Nanny Cox