SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Passados seis anos desde que a novela “Amor à Vida” (Globo, 2013-2014) foi exibida, a recusa da atriz Marina Ruy Barbosa, 25, em cortar o cabelo na ocasião parece ainda não ter sido superada por algumas pessoas. O assunto voltou à tona nesta quinta-feira (20) e a atriz finalmente se pronunciou sobre o caso.
Marina afirmou no Twitter que desistiu de raspar a cabeça, como era previsto, já que sua personagem lutava contra um câncer, porque não foi feito com a personagem o que disseram a ela. “Só valeria à pena se fosse pra tratar da doença com muito respeito e atenção, fazer uma ação social sobre câncer linfático”, afirmou.
“Como atriz, não queria só o sensacionalismo”, completou a atriz, que afirmou não ter sido uma decisão irresponsável, muito menos leviana. “Após uma longa conversa com a direção da emissora da época, chegamos juntos a essa conclusão, de que não fazia sentido pela forma como tudo estava sendo tratado.”
A polêmica em torno de sua decisão na época de “Amor à Vida” voltou à tona depois que o autor do folhetim, Walcyr Carrasco comentou o assunto durante uma live com a revista Caras. Na ocasião, ele afirmou que não soube da decisão da atriz com antecedência e que isso não lhe deu alternativas e teve que matar a personagem.
“Quando ela aceitou o papel, ela tinha combinado que cortaria o cabelo. Já no ar, ela não avisou com antecedência que não iria cortar. Se ela tivesse, a certa altura, avisado, eu teria sabido orientar a história para outro lugar. Mas o personagem já estava a beira da morte, não tinha mais jeito, já tinha a história escrita”, afirmou ele.
Marina então respondeu ao autor, ressaltando que possui total respeito e admiração pelo trabalho dele. “Uma pena que na época não tive ‘acesso’ e não pude falar diretamente com o autor. Nunca nos falamos, nem no momento em que fui chamada pra novela, durante o trabalho ou depois de tudo.”
A atriz ainda afirmou que admira a coragem que teve na ocasião, de questionar, arriscar e enfrentar a situação. “Acho que muita coisa mudou de lá pra cá, e hoje ninguém é mais inacessível e essas hierarquias são tratadas de uma forma bem mais saudável nos ambientes de trabalho”, completou.