O pedido de rescisão contratual unilateral do goleiro Everson junto ao Santos foi negado, em primeira instância, pela Justiça do Trabalho. Em decorrência dos custos do processo, mais honorários, o aleta ainda terá que pagar cerca de R$ 400 mil aos advogados do clube. Contudo, ainda cabe recurso à defesa do jogador. Em julho, sob a alegação de falta de pagamento de salários, direitos de imagem e não recolhimento do FGTS, Everson entrou na Justiça contra o Santos. O goleiro havia pedido para que o caso fosse julgado antes da audiência desta última segunda-feira, mas as liminares foram negadas.
O Santos, por sua vez, contra-argumenta que a redução de 70% nos salários dos jogadores preservou o emprego de todos os funcionários do clube. Além disso, o clube alvinegro alega que o ex-treinador Jorge Sampaoli, hoje no Atlético-MG, teria ligado para Everson com o intuito de atraí-lo ao time mineiro. Ambos negam essa versão. Everson contesta que o clube não possuía condições de quitar seu débito salarial, independente dos reveses econômicos acarretados pela pandemia. Isso porque o Santos efetuou parte do pagamento correspondente aos salários atrasados, enquanto o processo estava em andamento na 5ª Vara da Justiça do Trabalho de Santos.
O juiz Wildner Izzi Pancheri, que está à frente do caso, alega, ainda, que a ação deveria correr inicialmente na Câmara Nacional de Resoluções e Disputas, de acordo com cláusula do contrato. Everson não treina no clube desde 18 de julho, um dia antes de entrar com a ação. Após a decisão, o atacante Eduardo Sasha também recorreu à Justiça do Trabalho. No entanto, o desfecho dos casos é, até agora, diferente. Sasha entrou em acordo com o Santos e foi negociado com o Atlético-MG por cerca de R$ 10 milhões.
*Com informações do Estadão Conteúdo