O britânico Lewis Hamilton levou a melhor em um conturbado Grande Prêmio da Toscana, realizado no circuito de Mugello, na Itália, e atingiu a incrível marca de 90 vitórias na Fórmula 1, apenas uma a menos que o alemão Michael Schumacher, o recordista da categoria. A prova, comemorativa por ser a 1.000ª da Ferrari na história, teve diversos acidentes, duas bandeiras vermelhas e muita disputa entre o líder do campeonato e o companheiro de equipe, o finlandês Valtteri Bottas, que chegou a tomar a liderança na primeira de três largadas da corrida, mas não segurou a ponta. Logo atrás dos dois carros da Mercedes chegou o tailandês Alexander Albon, da Red Bull, que vem sendo muito criticado pelo desempenho na temporada, mas hoje conquistou o direito de subir no pódio pela primeira vez na Fórmula 1.
O ‘top-10’ ainda teve o australiano Daniel Ricciardo, da Renault; o mexicano Sergio Pérez, da Force India; o britânico Lando Norris, da McLaren; o russo Daniil Kvyat, da AlphaTauri; o monegasco Charles Leclerc, da Ferrari; o finlandês Kimi Raikkonen, da Alfa Romeo; e o alemão Sebastian Vettel, da Ferrari. O campeão mundial de 2007, no entanto, foi punido em cinco segundos por causa de uma entrada irregular nos boxes e acabou perdendo posição para o futuro piloto da Aston Martin, a atual Racing Point, conforme anúncio feito na última quinta-feira.
Com a vitória de hoje, Hamilton pode igualar o recorde de Schumacher daqui duas semanas, quando acontecerá o Grande Prêmio da Rússia, no circuito de Sochi. Além disso, o britânico chegou a 190 pontos no Mundial de Pilotos, contra 135 de Bottas, que se consolidou na segunda posição da tabela, graças ao abandono do holandês Max Verstappen, da Red Bull, que ficou estacionado nos 100 pontos.
O GP da Toscana, curiosamente, teve os três pilotos que foram ao pódio na semana passada, em Monza, abandonando, o francês Pierre Gasly, da AlphaTauri, que venceu a primeira vez na carreira; o espanhol Carlos Sainz, da McLaren; e o canadense Lance Stroll, da Forte India.
GP conturbado
Como no último fim de semana, a prova de hoje foi marcada por diversos incidentes. Logo na largada, em que Bottas ultrapassou Hamilton, Verstappen ficou muito para trás e se envolveu em acidente que também tirou Gasly da corrida, e também envolveu o finlandês Kimi Raikkonen, da Alfa Romeo, e o francês Romain Grosjean, da Haas.
O safety car foi para a pista, mas logo na relargada uma nova confusão, quando o finlandês da Mercedes reduziu demais o ritmo e, no bloco intermediário também diminuíram a velocidade e provocaram uma batida em massa, que tirou da prova Sainz, o dinamarquês Kevin Magnussen, da Hass, e o italiano Antonio Giovinazzi, da Alfa Romeo.
Dessa vez, além do carro de segurança, a prova acabou sendo paralisada com bandeira vermelha. De novo, os pilotos se realinharam no grid, e foi a vez de Hamilton dar o troco em Bottas e recuperar a primeira colocação da corrida. Na volta 45, no entanto, tudo foi parado de novo, depois de Stroll bater forte e destruir a proteção de pneus, o que levou todos os carros para o pit mais uma vez.
Na terceira relargada, Hamilton conseguiu segurar a ponta e ainda viu Bottas ser ultrapassado por Ricciardo. Uma volta depois, no entanto, o finlandês deu o troco no australiano e recuperou a vice-liderança da corrida. Nas últimas voltas, enquanto Hamilton logo abriu vantagem para os perseguidores, Albon se tornou o destaque, ao deixar, em manobra sensacional Ricciardo e partir para cima de Bottas, embora não tenha conseguido alcançar o segundo da dobradinha da Mercedes.
Depois de cruzar a linha de chegada, o seis vezes campeão mundial foi o primeiro piloto da Fórmula 1 a comemorar uma vitória na Fórmula 1 junto com o público, já que, de maneira inédita desde a paralisação por causa da pandemia da Covid-19, foi permitida a presença de torcedores nas arquibancadas.
*Com Agência EFE