O governo São Paulo informou por meio de nota nesta quinta-feira (6) que o secretário de Transportes do estado, Alexandre Baldy, se licenciou do cargo por 30 dias, a partir desta sexta, para “se concentrar exclusivamente na sua defesa”. Baldy foi preso na manhã desta quinta após uma operação da força-tarefa da Operação Lava Jato que apura desvios na Saúde. “Alexandre Baldy pediu licença do cargo de Secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo pelo período de 30 dias, a partir de amanhã, dia 7, para se concentrar exclusivamente na sua defesa”, diz a nota do governo do estado.
Batizada de Operação Dardanários, as investigações miram desvios na Saúde do Rio de Janeiro e em São Paulo que envolvem órgãos federais. As primeiras informações dão conta de que a Polícia Federal identificou um conluio entre empresários e agentes públicos que tinham por finalidade contratações que eram dirigidas. O juiz federal Marcelo Bretas expediu 6 mandados de prisão e 11 de busca e apreensão em Petrópolis (RJ), São Paulo, São José do Rio Preto (SP), Goiânia e Brasília.
O governo Doria ainda ressaltou que Baldy tem “demonstrado competência, dedicação e postura idônea no exercício da sua função no Governo de São Paulo”. A Secretaria dos Transportes Metropolitanos passa a ser comandada temporariamente pelo secretário-executivo, Paulo Galli. As investigações que resultaram na prisão do secretário são anteriores à sua atuação na gestão Doria. Nesta manhã, buscas foram realizadas no gabinete de Baldy e em um apartamento em seu nome de Brasília. Ele foi deputado federal e ministro das Cidades no governo Michel Temer. Durante as buscas nos endereços de Baldy, a PF apreendeu R$ 90 mil em um cofre em Brasília.