O texto da reforma administrativa, que será encaminhada ao Congresso pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na quinta-feira, 3, deve ser aprovada ainda neste ano, afirmou o líder do governo no Senado, Eduardo Gomes (MDB). Na manhã desta terça-feira, 1, o presidente se reuniu com ministros e líderes do governo para ajustar os últimos detalhes da proposta e evitar que o projeto sofra rejeição no Legislativo. “Foi uma conversa boa, para deixar as coisas em sintonia. Há clima para a aprovação ainda neste ano, com a volta dos trabalhos no Senado de forma presencial”, disse Gomes.
Em conversa com jornalistas nesta manhã, Bolsonaro ressaltou que as novas regras previstas na reforma devem atingir apenas os futuros servidores. “Tivemos reunião muito produtiva com os líderes e tomamos duas decisões, a primeira é encaminhar na quinta-feira a reforma administrativa, que fique bem claro não atingirá nenhum dos atuais servidores. Ela se aplicará apenas aos futuros servidores concursados”, disse o presidente. O ministro da Economia, Paulo Guedes, também participou do anúncio e reiterou que a regra valerá aos novos concursados. “É importante, sinalizando para o futuro a retomada das reformas. A reforma administrativa é importante, como o presidente deixou claro desde o início, não atinge os direitos dos servidores públicos atuais, mas redefine toda a trajetória do serviço público para o futuro, um serviço público de qualidade, com meritocracia, com concursos exigentes, promoção por mérito”, afirmou.
O ministro afirmou na última semana que “quem dá ritmo nas reformas é a política”, ao comentar sobre a expectativa de encaminhamento dos textos para debate. O envio da reforma administrativa era esperada desde o ano passado, mas foi engavetada pelo presidente. O texto sempre foi defendido por Guedes como um dos passos para destravar a economia nacional. Os atrasos para o envio da proposta foi um dos motivos que levaram Paulo Uebel pedir demissão da secretaria de Desburocratização, Gestão e Governo Digital no início de agosto.