O governo tem até o fim dessa semana para atender o pedido do ministro Luiz Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal que determinou que sejam feitos ajustes no plano de proteção aos povos indígenas que foi apresentado ao tribunal. O principal problema apontado pelo ministro é que é necessário diferenciar as chamadas barreiras sanitárias consideradas prioritárias, das bases de proteção da população. A preocupação é grande dentro das aldeias. A senadora Eliziane Gama, vice-presidente da comissão mista que acompanha o combate à Covid-19, alerta para a necessidade de isolar imediatamente as populações indígenas.
Sem um remédio específico para a Covid-19 nas aldeias, o líder André da tribo Sateré Mawe, admite dificuldades para enfrentar a doença. A testagem para o coronavírus já chegou nas aldeias. No entanto, a enfermeira Neurilene Cruz da Silva, explica que mesmo com o aparecimento dos sintomas e de casos graves, ainda há muita desinformação e pessoas que não acreditam no vírus e minimizam a gravidade da doença. A cuidadora Vanda Ortega, que tem ajudado na atendimento na comunidade alerta para uma série de problemas como a falta de assistência para o enfrentamento da Covid-19. Até o final da semana passada, já haviam sido confirmados quase 17,5 mil casos de coronavírus entre os indígenas, que causaram 310 mortes.
*Com informações da repórter Luciana Verdolin