Em evento na capital russa, Moscou, nesta segunda-feira (16/5), o presidente Vladimir Putin afirmou que qualquer expansão militar da Finlândia e da Suécia “exigirá reação” do Kremlin.
A declaração foi feita após autoridades de ambos os países anunciarem que pedirão, oficialmente, o ingresso na Organização do Tratado Atlântico Norte (Otan), grupo militar liderado pelos Estados Unidos (EUA). Putin afirmou que a expansão é um problema para a Rússia.
De acordo com o líder russo, a ampliação do grupo militar está sendo utilizada pelos Estados Unidos de forma “agressiva” para agravar uma situação de segurança global que “já está dificultada”.
“A expansão da infraestrutura militar nesse território certamente demandará a nossa resposta. O que essa resposta será? Veremos quais ameaças serão criadas para nós. Os problemas estão sendo criados sem motivo algum. Vamos reagir em conformidade”, pontuou.
Mais cedo, nesta segunda-feira, o vice-ministro de Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Riabkov, afirmou que as candidaturas da Suécia e da Finlândia à Otan podem ser consideradas um “grave erro”. Adesão dos países à aliança militar ocorre em resposta à invasão russa contra a Ucrânia, que já dura cerca de três meses.
“É um grave erro cujas consequências podem ser consideráveis”, declarou a autoridade russa. Segundo Riabkov, a resposta do Kremlin dependerá das “consequências práticas da adesão” dos países nórdicos à organização.
Entrada na Otan
O presidente da Finlândia, Sauli Niinisto, e a primeira-ministra finlandesa, Sanna Marin, anunciaram no domingo (15/5) que o país nórdico pretende se inscrever na Otan. A decisão representa expansão da aliança militar ocidental de 30 membros, hoje envolvida na guerra da Rússia na Ucrânia.
Essa aprovação, no entanto, é apenas uma formalidade, antes de enviar o pedido oficial de adesão para ser submetido à aliança, que tem sede em Bruxelas. A solicitação deverá ser encaminhada na próxima semana, segundo os dois governantes.
Autoridades da Suécia afirmaram, na última semana, que também devem solicitar adesão ao grupo militar em breve. Além da Finlândia e da Suécia, a Otan avalia o pedido de ingresso da Geórgia.