A pandemia impôs uma corrida científica em busca de soluções para combater a Covid-19, mas os órgãos de pesquisa no Brasil vão sofrer mais cortes orçamentários em 2021. O governo deve reduzir entre 15 e 18% os recursos voltados à ciência. O esforço para cumprir o teto de gastos e a garantia do pagamento do auxílio emergencial impõe remanejamento de verbas. Em entrevista ao Morning Show, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, prometeu tentar blindar alguns órgãos. Em meio a novos cortes no orçamento, indicados pelo ministro Marcos Pontes, entidades reclamam da falta de verbas.
Em reunião remota no Congresso, o presidente da Academia Brasileira de Ciências, Luiz Davidovich, declarou esperar melhora após a pandemia. De acordo com Luiz Davidovich, foram alocados R$ 600 milhões em 2020 para a pesquisa, valor considerado tímido. O presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Ildeu de Castro, exalta o apoio das universidades para a pesquisa e lamenta a falta de organização do governo federal em ações de combate ao coronavírus. Ao mesmo tempo, o diretor do Conselho Técnico Administrativo da Fapesp, Carlos Américo Pacheco lembra que o esforço em busca da vacina contra o coronavírus, que depende da ciência, é inédito em todo o mundo. Os especialistas acrescentam que não existe milagre, apenas a ciência é capaz de dar as respostas.
*Com informações da repórter Letícia Santini