Depois da convenção realizada no último domingo, 28 de julho, o grupo político do candidato à prefeitura Carlos Augusto está tentando mudar o registro da Ata e “esconder” da coligação o PDT – Partido Democrático Trabalhista, partido de esquerda.
O PL de Rio das Ostras já registrou três documentos, denominados como Ata de Convenção, para tentar esconder quaisquer rastros de coligação com partido de esquerda e, assim, evitar contrariar a direção nacional do partido.
O primeiro documento registrado em 29/07/2024, às 18 horas 24 minutos e 9 segundos, criou a “Coligação Rio das Ostras Feliz de Novo”, composta pelo PL juntamente com os partidos MDB (15), PP (11), PDT (12), PRD (25), PSD (55), DC (27) e AVANTE (70).
O problema começou após viralizar nas redes sociais o posicionamento do Partido Liberal Nacional, na pessoa da Presidente Mulher, Michele Bolsonaro, acerca da divulgação de um canal de denúncias sobre as convenções municipais que tentassem se coligar com qualquer partido de esquerda.
Tentando mudar o resultado da convenção e assim deixar o PDT isolado nas próximas eleições municipais, o grupo político registrou um segundo documento em 01/08/2024, dois dias após a convenção, às 22 horas 3 minutos e 2 segundos. O documento do PL informa que, em virtude da determinação do PL Mulher, da Resolução Administrativa PL nº 010/2024 e da reconhecida posição de esquerda do PDT, este último teria deliberado, de forma híbrida (presencial e on-line, possivelmente) sua retirada da coligação.
Assim, a “nova” ata validaria a coligação composta apenas pelo PL, MDB, PSD, DC, Progressistas e PRD, sem que tenha sido realizada nova convenção, já que não há mais tempo hábil pela legislação eleitoral.
O grupo político de Carlos Augusto, não satisfeito em tentar ludibriar a Justiça Eleitoral uma vez, registrou no mesmo dia (01/08), 13 minutos depois, um terceiro documento denominado “ata de convenção” dando conta de uma “errata” em relação à data citada no anterior.
Ao que parece o grupo político está tentando qualquer coisa para emplacar a candidatura do prefeito que foi cassado em 2018 e lidera a rejeição nas pesquisas eleitorais de Rio das Ostras.
A história política do candidato, que hoje quer convencer que sua postura é “de direita”, parece não condizer com as atitudes e alianças que estão registradas em seu passado, como a viagem à Cuba, quando liderou uma comitiva composta por Secretários e Vereadores para fazer “intercâmbio educacional” com a referida ditadura em 2007.