O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), aproveitou o início da coletiva de imprensa concedida nesta quarta-feira (22), em que detalhou o plano de reabertura da economia local, para criticar as manifestações realizadas no último fim de semana na capital paulista. O tucano afirmou que os participantes dos atos desrespeitaram as orientações das autoridades de saúde ao se aglomerarem nas ruas, sem o uso de máscaras.
“Quero fazer uma manifestação exatamente ao contrário daqueles que em São Paulo, neste fim de semana, insistiram em fazer manifestações como se estivessem imunes ao vírus. Sem máscaras. Desrespeitando as orientações. Eles se tornaram defensores e amigos do vírus e inimigos da vida. Façam suas manifestações de forma segura, pela internet. Não somos contra manifestações. Vivemos em um regime democrático. Mas não sejam irresponsáveis em fazer isso nas ruas, ainda mais tentando bloqueá-las”, disse o governador.
Nos atos, os manifestantes criticaram as medidas de isolamento social impostas no estado, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF). Alguns ainda carregavam faixas contra o governador.
Doria ressaltou que orientou o setor de Segurança Pública de São Paulo e pediu ao prefeito da capital, Bruno Covas, para que orientasse a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) para que impeçam futuramente novas tentativas de bloqueio semelhantes.
“Bloquear o direito de ir e vir, principalmente na Avenida Paulista, que dá acesso a complexos hospitalares, merece a reprovação do governo e da sociedade. Pessoas que agem assim estão sabotando os profissionais da saúde. As medidas adotadas em São Paulo, como na maioria dos estados por governadores e prefeitos, têm ajudado a salvar vidas.”
Ainda antes de detalhar o Plano São Paulo, destacou que “aqui, nem economia nem política se sobrepõem à saúde”. “Quem determina nossos passos são a ciência e a medicina. Assim continuará a partir de 11 de maio [data em que se dará início a reabertura da economia].”