Walther Reis Cleto Junior, de 51 anos, e Alessandra Aparecida Campos Reis Cleto, de 49, eram turistas e passavam o fim de semana em Monte Verde, no Sul de Minas Gerais.
A família do casal de São José dos Campos encontrado morto em um chalé no Sul de Minas Gerais cobrou investigação sobre as causas que provocaram as mortes de Walther Reis Cleto Junior, de 51 anos, e Alessandra Aparecida Campos Reis Cleto, de 49.
“A gente quer saber da verdade. (Saber) se foi um acidente casual. Se tiver alguma falha, a gente quer saber. Não por vingança, a gente quer saber por querer a justiça. Não para prejudicar alguém, mas hoje nossa família sofre e a gente tá fazendo isso por eles”, disse Jean Leonel, genro do casal.
Os dois foram encontrados mortos em um chalé em Monte Verde, distrito de Camanducaia (MG), no último sábado. Segundo a polícia, o casal não tinha sinais de violência. A família cita suspeita de intoxicação por monóxido de carbono e fala sobre a dificuldade de assimilar a perda.
“Eles estavam no auge da vida deles. Um momento ótimo, comprando apartamento novo. Estávamos para morar junto, mas infelizmente acabou. A gente ainda não assimilou bem, mas infelizmente foi da pior forma possível. A gente não aceita da maneira [como aconteceu]”, afirma.
O que aconteceu?
Walther e Alessandra chegaram ao Chalé Aroma de Jasmim, em Monte Verde, na tarde de sexta-feira (23) para passar o fim de semana.
De acordo com o proprietário, a última vez que foram vistos com vida foi ainda na sexta, quando receberam um saco com lenha no quarto.
Segundo informações do boletim de ocorrência, eles foram encontrados mortos pelo dono do chalé, no sábado pela manhã quando ele tentou entrar em contato, não conseguiu e entrou no quarto.
Segundo a Polícia Civil, o proprietário da pousada disse que o local não tinha alvará dos Bombeiros.
A perícia foi feita no local e, além dos corpos não terem sinal de violência, o quarto também não tinha sinal de arrombamento.
As causas da morte ainda estão sendo investigadas. Em comunicado sobre a morte, a família diz que a hipótese investigada é de intoxicação por monóxido de carbono.
O local onde aconteceu o caso se apresentava como um chalé em sites de hotelaria e nas redes sociais. Segundo a Agência de Desenvolvimento de Monte Verde (Move), associação de empresários da região, o estabelecimento não tem cadastro oficial.
“A Move reforça a orientação aos turistas que busquem acomodações em estabelecimentos cadastrados nos órgãos reguladores, que exigem uma série de requisitos que garantem a segurança dos hóspedes”, diz trecho da nota.
Por nota, a Prefeitura de Camanducaia informou que acompanha a investigação e citou que o distrito de Monte Verde tem mais de 7 mil leitos, sendo que 95% têm lareira e sistema de aquecimento e nunca houve caso de intoxicação por gás.
Disse ainda que o local onde o casal se hospedou, que fica no quintal da casa do proprietário, “não tinha alvará de funcionamento e não seguia as regras dos meios de hospedagens regulares”.
O casal deixa três filhas e foi enterrado na manhã desta segunda-feira (26).