A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) vai atualizar em breve a diretriz médica de recomendação de cuidados com o novo coronavírus. A grande quantidade de casos positivos da doença logo nos primeiros dias de disputa do Campeonato Brasileiro levou a entidade a procurar a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) para acrescentar informações ao conteúdo. A partir de agora, jogadores com casos positivos de Covid-19 poderão ser escalados depois de cumprirem 10 dias de isolamento e se manterem assintomáticos. A atualização, aliás, permitiu que o Atlético-GO conseguisse liberar para o jogo desta quarta-feira, contra o Flamengo, quatro atletas com teste positivo. O clube estava ciente da nova norma e reiterou que, apesar de os jogadores terem apresentado resultado positivo na véspera, cumpriram isolamento e não têm mais o risco de transmitir a doença.
A atualização firmada se baseia em um estudo publicado no fim de julho pelo Centro de Controle e Prevenção de Doença (CDC, na sigla em inglês), dos Estados Unidos. O material de 17 páginas traz a recomendação da chamada “Regra dos dez dias”. Em uma das correspondências trocadas entre CBF e SBI está a explicação de como deve se proceder a nova conduta. “Atleta que testou PCR positivo pela primeira vez dia 1º de agosto deverá cumprir 10 dias de isolamento respiratório. Portanto do dia 1º ao dia 10 de agosto deverá permanecer em isolamento respiratório e poderá voltar a jogar dia 11 de agosto”, disse o texto.
Pelo novo entendimento adotado, o jogador que cumprir a “Regra dos dez dias” também estará livre de realizar os exames de PCR pelos três próximos meses. O exames para detecção da doença vão continuar a ser realizados três dias antes dos jogos das Séries A e B e com quatro dias de antecedência para partidas da Série C. A diferença se explica por questão logística, já que, no geral, os times de divisões inferiores estão em cidades menores e com menos estrutura laboratorial. Preocupada com o excesso de casos, a CBF tem feito até duas reuniões por dia com a SBI para aprimorar a diretriz médica lançada antes do Brasileirão. A entidade entende que mais outras atualizações possam ser necessárias por se tratar de uma doença nova e com várias pesquisas e resultados em andamento.
*Com informações do Estadão Conteúdo