O presidente Jair Bolsonaro decidiu, nesta segunda-feira, 14, efetivar o general Eduardo Pazuello como ministro da Saúde. Ele ocupava o cargo interinamente desde a saída de Nelson Teich, em maio deste ano. A assessoria da presidência confirmou que a cerimônia de posse está marcada para esta semana, mas não soube precisar o dia e horário. O Brasil teve três ministros da saúde em 2020 durante a pandemia da Covid-19. As trocas começaram após a demissão de Luiz Henrique Mandetta, no dia 16 de abril.
No início de julho, Bolsonaro chegou a dizer que Pazuello havia dado uma “excelente contribuição” como interino, mas que não permaneceria no cargo. Sob comando do general, o ministério abandonou a defesa do distanciamento social mais rígido e passou a recomendar tratamentos alternativos para a Covid-19, como o uso da hidroxicloroquina. Inicialmente, o general ocupou o cargo de secretário-executivo do Ministério da Saúde na gestão de Teich. Neste período, no entanto, ele já era apontado por secretários locais como o verdadeiro ministro. Com o pedido de demissão de Teich, Pazuello assumiu interinamente o cargo, onde permanecia até o momento.
O momento de maior exposição de Pazuello a críticas aconteceu no começo de junho, quando o ministério mudou o formato de divulgação das estatísticas. O portal com dados chegou a ficar fora do ar, mas a divulgação foi retomada após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Além disso, sob o comando interino de Pazuello, cargos estratégicos da pasta foram designados para militares. Há mais de 20 nomeados, sendo 14 da ativa. Eles estão, principalmente, em postos na gestão de dados, recursos humanos, orçamento, logística e contratos. O interino fez ainda mudanças em cinco das sete cadeiras de secretários da Saúde.