Três dias após levar uma histórica goleada do Bayern de Munique, o Barcelona oficializou a demissão do técnico Quique Setién. A saída do treinador já havia sido antecipada pelo presidente Josep Maria Bartomeu no domingo, mas a confirmação oficial aconteceu apenas nesta segunda-feira, 17. O holandês Ronald Koeman é o mais cotado para assumir o cargo no Barça. Setién deixa o time catalão com um retrospecto de 16 vitórias, quatro empates e cinco derrotas, a última delas pelo sonoro placar de 8 a 2, na última sexta-feira, pelas quartas de final da Liga dos Campeões da Europa. A competição europeia era a última esperança de título para o Barça na temporada.
O treinador chegou ao clube em janeiro, após exibir bons resultados no comando do Bétis. No total, permaneceu 216 dias à frente do Barcelona, tornando-se o técnico que menos tempo ficou no clube desde Radomir Antic, contratado em fevereiro e demitido em junho de 2003. Setién tinha contrato até junho de 2021. O técnico vinha balançando no cargo desde os resultados irregulares na reta final do Campeonato Espanhol. O Barça oscilou demais na volta da competição, após a paralisação causada pela pandemia do novo coronavírus, e ainda viu o rival Real Madrid ficar com o título. Ao mesmo tempo, Setién vinha enfrentando dificuldades no vestiário do time.
No comunicado da demissão do técnico, a direção do Barcelona prometeu que a saída de Setién seria a primeira de uma série de mudanças no contexto de uma “ampla reestruturação”. “Esta é a primeira decisão dentro de uma ampla reestruturação do time principal, que será realizada pelos atuais integrantes da comissão técnica e pelo novo treinador, que será anunciado nos próximos dias”, afirmou.
A declaração do comunicado vai ao encontro das especulações dos jornais espanhóis, que preveem mudanças bruscas no elenco catalão, o que poderia incluir até mesmo a saída do ídolo Lionel Messi. Para o lugar de Setién, o mais cotado, de acordo com a imprensa espanhola, é Ronald Koeman, cogitado inicialmente na época da demissão de Valverde. Ele foi jogador do Barça nos anos 90 e é o treinador da seleção holandesa desde 2018. Antes de chegar ao time nacional, comandou equipes como PSV, Ajax, Feyenoord, Everton, Southampton, Benfica e Valencia.
*Com informações do Estadão Conteúdo