O procurador-geral da República, Augusto Aras, designou, nesta quinta-feira, 6, cinco procuradores da República para integrar o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Federal no Paraná (Gaeco) pelos próximos dois anos. A portaria publicada nesta quinta-feira, 6, formaliza a escolha de Henrique Gentil Oliveira, Henrique Hahn Martins de Menezes, Lucas Bertinato Maron, Raphael Otávio Bueno Santos e Daniel Holzmann Coimbra. Os nomes foram previamente aprovados pelo Conselho Superior do Ministério Público Federal — que também subscreveu a nomeação de Januário Paludo e Diogo Castor de Mattos, integrante e ex-integrante da Operação Lava Jato em Curitiba. Os dois acabaram de fora da portaria de Aras por ‘não preencherem requisitos’, segundo informou o MPF, e possíveis substitutos devem ser indicados em breve pelo colegiado.
Pela portaria, não há desoneração, o que significa que os escolhidos continuam atuando em seus respectivos ofícios enquanto integrarem o grupo. O Gaeco é responsável por casos em que o procurador-geral determinar intervenção em virtude de incidente de segurança envolvendo membros ou servidores, bem como pela coleta e análise de informações de inteligência. “A criação de Gaecos federais no âmbito do MPF é parte do esforço da PGR para atender às necessidades das unidades com maior demanda de pessoal e de recursos. Em relação ao Paraná, o procurador-geral da República avalia que, com o apoio do CSMPF, poderão ser criados mais três ofícios especializados em combate à corrupção na capital, Curitiba. Além disso, um edital para o concurso de remoção para vagas já existentes deve ser aberto em breve”, informou o Ministério Público Federal (MPF) em nota.
A possibilidade da criação de uma estrutura permanente de investigação voltada para o combate à corrupção e ao crime organizado no seio do MPF existe desde 2013, quando o Conselho Superior da instituição aprovou a Resolução 146. Atualmente, além do Paraná, Minas Gerais e Paraíba também contam unidades do Gaeco. Aras tem sido criticado por declarações contra a Lava Jato. Recentemente, o procurador fez duras críticas à força-tarefa, dizendo que ” é hora de corrigir os rumos para que o lavajatismo não perdure”, além de dizer que a operação é como uma “caixa de segredos” e que é necessário acabar com o “punitivismo” no Ministério Público.
* Com informações do Estadão Conteúdo