Grandes períodos sem chuva são comuns na região central do país, mas o ano de 2020 superou a marca, já considerada ruim, de 2019. Foram 118 dias de seca, contra 113 dias registrados no ano passado, até a chuva aparecer em Brasília. Ainda pela manhã, mensagens nas redes sociais começaram a se multiplicar. Pessoas relatavam pingos de chuva em diferentes regiões do Distrito Federal. As notícias logo se espalharam e foram acompanhadas de saudações e repercussões bem humoradas na internet. “Você sabe que a galera é de Brasília quando ela começa a postar fotos dos primeiros pingos de chuva com os agradecimentos e os dizerem: Finalmente chuva, obrigada Deus!”, disse uma usuária do Twitter. “Pessoal aqui está batendo palma e gritando pra chuva. Ai Brasília”, comentou outra.
O dia começou com o céu nublado na capital federal, mas por alcance das fumaças ocasionadas pelas queimadas do Pantanal. Por volta do meio-dia a chuva se estendeu para as diferentes regiões administrativas do DF. Segundo o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Mamedes Luiz Melo, a chuva desta segunda-feira (21) foi decorrente de um canal de umidade vindo da Região Norte e de uma frente fria vinda do Sudeste. A previsão do Inmet é que a chuva dure até quarta-feira (23). Contudo, depois uma nova fase de seca deve retornar e as águas devem voltar a cair do céu somente na segunda quinzena de outubro, com mais chances para os dias do fim do mês.
As chuvas amenizam as principais características da estação de seca, as altas temperaturas e a baixa umidade. Também contribuem para diminuir os focos de incêndio, mais presentes neste ano no Pantanal, mas que também já foram registrados na capital. Além disso, as águas também contribuem para dissipar a fuligem vinda das queimadas do Pantanal e que chegaram ao céu de Brasília hoje. “A chuva não vai molhar por inteiro, mas vai reduzir os focos de queimada e começa a limpar a atmosfera”, explicou Melo.
*Com Agência Brasil