O aumento no valor dos preços nos supermercados vem expandindo também os números relacionados aos furtos de produtos em várias regiões do Brasil. Outros casos ao longo dos últimos meses mostram até brigas quando existem promoções em estabelecimentos comerciais.
Um supermercado de São Paulo, por exemplo, tomou a decisão de trancar os potes de creme de avelã — popularmente conhecidos pela marca Nutella — em uma prateleira próxima ao caixa e caso alguém quisesse comprar o produto, era necessário alertar um funcionário para que o produto fosse destrancado.
Segundo informações do jornal Folha de São Paulo, publicadas no fim de abril, a rede de 15 lojas do supermercado Chama também passou a deixar as carnes embaladas a vácuo na vitrine próximas aos balcões de atendimento, ao invés de deixar nas prateleiras refrigeradas.
De acordo com a Associação Brasileira de Supermercados, os furtos nos estabelecimentos geraram um prejuízo de R$ 3,2 bilhões no setor em 2021 — que representa 15% das perdas de 2020.
Os produtos que apresentaram maior número de furtos foram carne, queijo, cerveja, refrigerantes, desodorantes, pilhas e Nutella. “O índice de furtos indica um agravamento da questão socioeconômica e, de certa forma, está fora do nosso controle”, afirmou Márcio Milan, vice-presidente da Abras, à Folha.